O nível de cinco dos seis principais rios do Amazonas já ultrapassa o registrado na mesma data do ano anterior, segundo levantamento feito pelo g1 com dados do Painel de Monitoramento Hidrometeorológico da Defesa Civil do Amazonas. Devido à cheia, os municípios de Humaitá e Boca do Acre já decretaram situação de emergência.
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- 💧O levantamento mostra que, na terça-feira (25), os rios
Negro
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Solimões
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Purus
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Madeira
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- e
Amazonas
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- estavam, pelo menos, 1 metro acima do nível registrado no mesmo dia em 2024. A maior diferença foi observada no Rio Purus,
cuja cota superou em 5,44 metros o nível atingido no ano anterior
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As medições foram realizadas nos seguintes municípios, monitorados pelo Painel de Monitoramento Hidrometeorológico da Defesa Civil do Amazonas:
- Manaus– Rio Negro – 25,75 metros
- Itacoatiara– Rio Amazonas – 12,25 metros
- Tabatinga – Rio Solimões – 11,41 metros
- Boca do Acre– Rio Purus – 19,24 metros
- Humaitá– Rio Madeira – 23,08 metros
➡️ O único entre os seis principais rios do estado que não está com o nível acima do registrado em 2024 é o Rio Juruá. De acordo com a medição em Carauari, o rio alcançou 27,46 metros na terça-feira, ficando apenas sete centímetros abaixo do nível registrado na mesma data no ano passado.
O período da cheia dos rios no Amazonas costuma iniciar no mês de outubro, quando o nível começa a apresentar um crescimento em recuperação do período de seca. O ápice do fenômeno costuma ocorrer entre os meses de maio e junho.
O cenário levou a Prefeitura de Humaitá a decretar situação de emergência na quarta-feira (19). Na comunidade do Alto Crato, zona rural do município, a água já invadiu estradas, dificultando o acesso das crianças às escolas da região.
“Eu já sabia que a água tinha passado na pista, então eu vim de carro para averiguar se eu conseguia passar. As crianças ficaram em casa já arrumadas e quando cheguei aqui vi que a gente não ia conseguir passar”, disse o vidraceiro Welton Soares, morador de Humaitá.
A agricultora Léia Garcia vive na zona rural de Humaitá e afirma que encontra dificuldades para levar os quatro filhos à escola devido a situação da estrada em meio a cheia.
“Se for olhar, o calendário tem mais falta do que presença deles por conta do acesso. É bem difícil mesmo”.
Em Boca do Acre, a cheia já provoca alagamentos e transtornos à população. De acordo com a Defesa Civil do município, o rio começou a transbordar em 16 de março.A cheia do Rio Purus já atingiu mais de 2 mil famílias na localidade. A situação levou a prefeitura a decretar situação de emergência na segunda-feira (24).
O município está realizando ações humanitárias, com 1.200 cestas básicas entregues até o momento
*G1/AM/Foto: Rede Amazônica