David Almeida processa Amom por calúnia e pede indenização de R$ 52 mil

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O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), acionou a Justiça Federal no Distrito Federal e Territórios contra o deputado federal Amom Mandel (Cidadania) por acusações feitas por ele ao gestor durante o lançamento de sua pré-candidatura em fevereiro. Os advogados do prefeito afirmam que o parlamentar “realizou diversos ataques à honra e imagem do autor, mediante acusações falsas e gravíssimas”.

Durante o evento, Amom Mandel afirmou que estava se candidatando para não deixar um “grupo político ligado a facções criminosas, investigado pela Polícia Federal por atos de corrupção como andar de jatinho pago por empresário, ter secretário envolvido, superfaturar cestas básicas, assim por diante, domine e mande nessa cidade”.

A petição destaca que Amom Mandel também disse que Manaus “é comandada por pessoas coniventes com o crime organizado, ou até mesmo que tenha algum tipo de ligação com essas facções”. Os advogados afirmam que embora o deputado não tenha citado David Almeida diretamente, fez uma referência explícita ao gestor.

Por meio de sua defesa, o prefeito acusa Amom de acusações caluniosas e ressaltou que a informação de que a viagem durante o feriado de Carnaval feita por David Almeida havia sido custeada por um empresário com contrato ativo se tratava de fake news.“Esclareceu-se publicamente que o responsável pelo fretamento da referida aeronave, Sr. Roberto de Souza Lopes, e que o seu contrato não é com a Prefeitura de Manaus, mas sim com a Manaus Previdência. A entidade pública é responsável pela gestão da previdência dos servidores municipais”, escreve.

A ManausPrev é uma autarquia que possui autonomia administrativa, financeira e orçamentária, não sendo subordinada ao Executivo Municipal. Sobre a segunda “acusação infeliz”, a defesa afirma que não há qualquer prova de que David Almeida seria investigado pela polícia por superfaturamento de cestas básicas.

Por fim, os advogados chamaram as acusações de ligação com o crime organizado de “eleitoreiras, prática bastante percebida na política atual, onde determinado pretenso candidato passa a fazer diversos ataques ao candidato mais bem colocado nas pesquisas, mediante uso de informações falsas”.

O processo destacou que o suposto relatório que ligaria David Almeida ao crime organizado, divulgado em grupos de WhatsApp, apresenta “diversas informações que não se relacionam, que confundem e induzem a falsas conclusões, apresentando-se, na verdade, como um dossiê, com ‘prints’ e alguns áudios, algumas vezes transcritos, outras, não”.

“Em momento subsequente, o Relatório Técnico nº 36/2020 SEAI-AM mostra ‘prints’ de um grupo do aplicativo WhatsApp chamado ‘Permanentes’ em que há diálogos aleatórios entre os membros, sem qualquer relação ou citação do atual Prefeito e Vice-prefeito de Manaus. Todo esse contexto deixa evidente que não é minimamente coerente, lógico ou justo que essas informações sejam utilizadas pelo Réu para apresentar a imagem do Autor como de culpada por uma acusação feita por ele próprio, durante um ato de político que torna a acusação como lhe sendo benéfica”

Amom Mandel foi acusado de calúnia, difamação e injúria. A defesa de Almeida pede indenização de R$ 52.080,00, retratação pública da parte do parlamentar e que ele se abstenha de mencionar o nome do prefeito de Manaus.

A reportagem tentou entrar em contato com o deputado federal para obter um posicionamento, mas não recebeu respostas até o fechamento desta matéria.

Foto:Reprodução/ *A crítica

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