O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou nesta quarta-feira, 8, ser necessário fazer uma autocrítica quanto a excessos “às vezes cometidos”. “E esses excessos às vezes cometidos, a gente tem que fazer autocrítica. E eu quero dizer a você que aquilo que a gente não quer para gente a gente não pretende para os outros. Está correto e a gente vai se policiar bastante em relação a isso”, afirmou o presidente da CPI.
A declaração foi dada após o senador governista Marcos Rogério (DEM-RO) questionar o fato de Aziz ter afirmado ontem que o ex-diretor de Logística da Saúde Roberto Ferreira Dias pediu propina durante a negociação de vacinas no ministério. A acusação foi feita à CPI da Covid pelo policial Luiz Paulo Dominguetti, que, no entanto, não apresentou provas. Ferreira Dias chegou a ser preso durante seu depoimento à CPI ontem, por ordem de Aziz, que o acusou de mentir durante a oitiva.
Marcos Rogério disse que não seria papel da comissão fazer julgamento “sem lastro nos fatos e nas evidências”. “Ontem, vossa excelência afirmou ao depoente que estava aqui e, depois, no Plenário novamente que ele havia pedido propina. Disse na CPI e repetiu no Plenário. Nós temos prova sobre isso? Onde está a evidência dessa acusação? Onde está a prova dessa acusação? Quando julgamos sem lastro nos fatos e nas evidências, agimos com injustiça. Esse não é o nosso papel. O tempo vai passar para confirmar se as acusações são procedentes ou não”, disse Marcos Rogério.
* Estadão Conteúdo