Fábricas da China impulsionam exportações com preços menores e aumentam tensões comerciais

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Alguns fabricantes da China, como de veículos elétricos e painéis solares, estão reduzindo os preços e se esforçando mais para adentrar nos mercados internacionais, à medida que enfrentam uma demanda interna enfraquecida. No processo, alimentam novas tensões comerciais, com concorrentes vendo chineses como ameaça aos seus resultados financeiros.

As tensões são mais agudas na Europa, onde os reguladores da União Europeia abriram uma investigação antissubsídios, refletindo a preocupação de que a China esteja inundando a região com veículos elétricos de baixo custo. Pequim afirma que a investigação é um “ato protecionista descarado” que vai perturbar a cadeia global de abastecimento de automóveis.

Já os EUA anunciaram recentemente taxas sobre produtos metálicos de folha de flandres (um tipo de chapa de metal) provenientes da China e de dois outros países, depois de afirmarem que os seus produtores de aço estavam vendendo a preços injustamente baixos. Além disso, a Índia investiga se a China inundou o país com uma série de produtos, desde químicos a peças de construção civil, a preços injustos, e o Vietnã começou a examinar se as torres eólicas importadas da China prejudicaram fabricantes nacionais.

As autoridades chinesas afirmaram que os fabricantes do país estão competindo de forma justa e que os seus produtos estão ganhando participação de mercado no exterior porque são atraentes para os compradores estrangeiros.

Os governos locais da China têm subsidiado viagens ao exterior para empresas venderem mais no exterior, e pedem que bancos façam empréstimos a empresas que queiram se expandir nos países participantes do programa Cinturão e Rota da China. Pequim também pediu que instituições financeiras direcionem crédito ao setor industrial.

Os fabricantes chineses têm uma vantagem adicional com uma moeda desvalorizada, à medida que o yuan atinge o menor nível frente ao dólar americano em mais de 15 anos, tornando os seus produtos mais baratos no exterior.

*Foto: reprodução

*Estadão Conteúdos

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