Frustração em show infantil, tumulto com spray de pimenta e gafe com bandeira do Pará: as polêmicas do Sou Manaus 2025

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O festival Sou Manaus Passo a Paço 2025, realizado no último fim de semana no Centro Histórico de Manaus, bateu recorde de público, mas também gerou críticas por falhas na organização e episódios polêmicos. O evento teve crianças frustradas com show infantil, gafe com bandeira do Pará e tumulto com uso de spray de pimenta na entrada do palco principal.

Uma das primeiras polêmicas a repercutir foi o show infantil da dupla Maria Clara e JP. Os youtubers conquistaram uma legião de fãs em vídeos com brincadeiras, histórias, músicas, desafios e lições de vida, sempre com uma abordagem divertida e educativa.

O público esperava ver os irmãos no palco “Passinho Kids” na sexta-feira (5), primeira noite do festival, mas encontrou apenas bonecos representando os artistas. Nas redes sociais, pais relataram a frustração das crianças.

“Eu pensei que fossem eles e não os bonecos”, escreveu um internauta. Outro comentário destacou que a organização deveria ter planejado melhor a área infantil. “Apresentações longa e cansativas, nada adequada para crianças pequenas”.

 

Ainda na primeira noite, outra polêmica envolveu a cantora Simone Mendes. A bandeira do Pará foi exibida no telão principal em meio à apresentação de ritmos típicos do estado vizinho.

Parte do público considerou a atitude desrespeitosa, já que o Amazonas comemora nesta data a separação política do Pará.

Por meio das redes sociais, Simone disse que foi uma falha técnicaVeja o vídeo abaixo.

“Quero pedir desculpas pela falha do técnico. Todos sabem o amor que tenho por Manaus, uma terra tão preciosa e tão amada”, declarou.

Já a segunda noite, no sábado (6), foi marcada por tumulto no acesso ao palco Malcher. Mesmo com pulseiras para controle do público, milhares de pessoas relataram dificuldades para entrar. A confusão terminou com uso de spray de pimenta por policiais e guardas municipais.

“Tinha idoso e criança passando mal, e mesmo assim jogaram spray de pimenta. Foi uma palhaçada”, disse o estudante Cristiano de Souza.

 

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os dois primeiros dias do evento registraram 171 atendimentos médicos e 10 remoções a hospitais, principalmente por fadiga, crises hipertensivas, efeitos do consumo de álcool e drogas, além de ansiedade e mal-estar.

Entre as pessoas que precisaram de atendimento estava a cantora amazonense Márcia Siqueira. Nas redes sociais, a filha da artista e também cantora, Letixa, contou que a mãe foi levada ao hospital, medicada e já está em repouso. Apesar disso, ela reclamou da demora e da dificuldade para conseguir o atendimento.

“Estamos completamente decepcionados com todo o despreparo e desorganização desse evento”, escreveu.

 

No domingo (8), última noite do festival, o prefeito de Manaus, David Almeida, foi questionado pelo g1 sobre as falhas. Ele disse que o episódio com Maria Clara e JP servirá de aprendizado para as próximas edições. Sobre o tumulto, afirmou que houve tentativa de invasão ao palco por pessoas sem pulseira.

*g1/Amazonas/Foto: Daniel Landazuri,

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