Os remédios genéricos entraram no cotidiano dos brasileiros há 26 anos. Desde então, eles se popularizaram como uma alternativa segura e eficaz aos medicamentos de referência, a preços até 60% mais baratos.
Dados da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (PróGenéricos) mostram que os genéricos proporcionaram uma economia direta de aproximadamente R$ 325 bilhões para os consumidores e pacientes desde o início dos anos 2000. Dos 20 medicamentos mais prescritos no Brasil, 15 são genéricos.
O que é um medicamento genérico?
O remédio genérico é aquele que contém o mesmo princípio ativo, na mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração e indicação terapêutica de um medicamento de referência.
Na prática, ele é uma cópia do primeiro medicamento criado, desenvolvido e comercializado após a patente deixar de estar em vigor.
“O genérico é identificado pelo nome do princípio ativo e deve apresentar a mesma eficácia, segurança e eficiência”, afirma o presidente-executivo da PróGenéricos, Tiago de Moraes Vicente.
Os genéricos são seguros?
Sim. De acordo com o Ministério da Saúde, a substituição do medicamento de referência pelo genérico é assegurada por testes de equivalência terapêutica, que incluem comparação in vitro e in vivo, por meio dos estudos de bioequivalência apresentados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“A produção de medicamentos genéricos segue uma série de controles de qualidade e ponderações técnicas para garantir que aquilo que está na bula seja estritamente verdade”, afirmou o farmacêutico e bioquímico Tarcísio Palhano, do Conselho Federal de Farmácia (CFF), em entrevista anterior ao Metrópoles.
Por que o genérico é mais barato?
O genérico deve ser, obrigatoriamente, pelo menos 35% mais barato que o medicamento de referência, conforme exigido no Brasil. “Na prática, alcança mais de 60% de desconto”, afirma o presidente-executivo da PróGenéricos.