A República Federativa do Brasil, nosso Brasil, é formada por 26 estados federados e 5570 cidades, incluindo o Distrito Federal e Fernando de Noronha, considerados municípios-equivalentes. Em 06/10/2024, portanto, no final desse ano, ocorrerá o primeiro turno das eleições municipais. Mais de 150 milhões de eleitores brasileiros irão às urnas (urnas?) para escolher os prefeitos, vice-prefeitos e vereadores de cada município. No caso do Distrito Federal, lá não há prefeito e nem vereadores, mas sim um governador eleito a cada 4 anos, juntamente com 24 deputados distritais, 8 deputados federais e 3 senadores. Por ser considerado um Distrito Estadual, Fernando de Noronha não elege prefeitos e vereadores, pois está vinculado ao estado de Pernambuco. Considerando o dia 01 de março de 2024 até o dia 06 de outubro, há 250 dias até as eleições. Numa divisão simples, o ex-presidente Bolsonaro, na sua política de marcar presença nacional, terá que visitar em torno de 22 cidades por dia, de segunda a domingo. Impossível? Humanamente impossível. A solução parece que é visitar o máximo de municípios passando por todos os estados, de tal forma que o povo o veja. Bolsonaro não tem o dom da retórica como Getúlio Vargas, mas a sua presença carismática ultrapassa o som das palavras. Ele é mais visual, mais pele com pele, do que a sua voz caipira e meio truncada tenta alcançar. Por isso, ele é um líder internético, a sua imagem, a imagem da multidão que o acompanha em cada cidade que visita, atinge milhões de eleitores em todo o Brasil. Sua propaganda eleitoral forte é a Internet, as redes sociais. Os vídeos e imagens são captadas no seu deslocamento pelo Brasil, nas ruas, palcos do Agro, feiras, rodeios, festas populares, escolas de samba, barzinhos que vendem pastéis e guaraná, enfim, onde o povão está. Getúlio tinha o rádio de ondas longas, médias e curtas, e Bolsonaro tem a sua presença na Internet Global. Suas imagens correm o mundo e aterrorizam os seus adversários. Segundo ele, cumpre uma missão de Deus. Única razão para se tentar entender como um inelegível faz campanha eleitoral como se fosse para si. Sem citar nomes de grandes líderes da história e da igreja, nem falar em santos e mártires, o motivo comum de todos eles era fazer o bem e defender a sua causa, seja religiosa, seja política, humanitária ou espiritual. E todos arrastaram multidões. Por onde passa, o Bolsonaro polvilha as suas ideias e apresenta seus candidatos. Pede votos para os outros, os que defendem as mesmas causas que ele. Não pede para si. Aponta bons caminhos àqueles meios perdidos nessa floresta negra que se transformou parte do país e onde habita a maioria do seu povo. Uma “luz no final do túnel”. Vai conseguir? Talvez, porém é muito melhor ir para a “Paulista” do que ficar em casa aguardando a “federal”. Gengis Khan, no século 13, formou o seu gigantesco império, além da qualidade do seu exército, utilizando a propaganda boca a boca: “A notícia era que os homens da cidade que iria invadir se rendessem ou perderiam a cabeça a golpe de espada”. Muitas cidades se renderam sem sequer um “tilintar” de espadas. O terror, o medo, enfraquece os “fortões” de tempo de paz. Guerreiros e líderes passaram para o lado de Gengis Kahn por medo de perder tudo, inclusive a vida. Por aqui tem-se um poder conjunto cuja retórica e ação contundente também “corta cabeças”, até de “guerreiros” carregados de medalhas no peito fardado jamais ferido por uma lâmina de espada. Nem se lembram da heroica espada de Caxias. Vão “abaixando as calças” para se deleitar dos restos daquele que detém o poder. Gengis Kahn aceitava esses “guerreiros de bravata” nas fileiras do seu exército, porém, jamais confiaria neles. O sistema “boca a boca” de Bolsonaro atende ao mesmo objetivo de Gengis Kahn quando a cidade a ser conquistada era governada por um tirano. O povo apoiava Gengis Kahn contra o rei tirano. O rei tirano, em consequência, perdia o sono a cada notícia da aproximação dos exércitos de Gengis Kahn. Terror e carisma, a mesma “técnica” utilizada hoje e no século 13. Em cada estado, em quantas cidades for possível visitar, a fama de Bolsonaro e de seus aliados só aumentará até outubro. O TERROR ABALARÁ OS GUERREIROS COVARDES E OS TIRANOS!
*Por Elias do Brasil