Inflação do aluguel perde força, e contratos que vencem em fevereiro terão reajuste de 3,8%

Publicado em

IGP-M (Índice Geral de Preços  Mercado), indicador responsável pelo reajuste da maioria dos contratos de locação vigentes no Brasil, desacelerou para 0,21% em janeiro, ante alta de 0,45% apurada em dezembro.

Com a variação divulgada nesta segunda-feira (30) pela FGV (Fundação Getulio Vargas), o indicador acumula alta de 3,79% nos últimos 12 meses, percentual a ser repassado aos contratos com vencimento em fevereiro.

Na prática, os inquilinos que pagam mensalmente um aluguel de R$ 1.400 passarão a ter que desembolsar R$ 1.453,06 (+R$ 53,06) todos os meses para continuar morando no mesmo imóvel. Para evitar o reajuste, uma negociação direta com os proprietários pode aliviar o peso no bolso dos locatários.

A variação do IGP-M acumulada nos 12 meses encerrados neste mês mantém a tendência de queda apurada desde maio de 2021, quando o indicador apresentava oscilação de 37% para as locações que venceriam no mês seguinte.

Com a flutuação, o indicador figura no menor patamar desde outubro de 2019 (+3,15%). Em janeiro do ano passado, o índice avançou 1,82% e teve alta de 16,91% no acumulado em 12 meses.

André Braz, coordenador dos índices de preços do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), explica que a desaceleração do IGP-M reflete o arrefecimento das pressões inflacionárias sobre os produtores.

“O preço das matérias-primas brutas desacelerou de 2,09% para 1,55% e, entre os bens intermediários, cuja taxa passou de -0,30% para -1,06%, a queda foi intensificada diante do comportamento de combustíveis e lubrificantes para a produção, cujos preços recuaram ainda mais e passaram de -2,26% para -5,05%”, afirma Braz.

Por outro lado, os preços aos consumidores continuam em aceleração, com alta de 0,61% em janeiro, ante variação de 0,44% apurada em dezembro. Braz cita o peso dos reajustes das mensalidades de escolas e cursos, cujos preços subiram, em média, 4,55% neste mês.

O cálculo do IGP-M leva em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola e industrial e na construção civil. Por isso, a variação é diferente da apresentada pela inflação oficial, que calcula os preços com base em uma cesta de bens determinada para famílias com renda de até 40 salários mínimos.

*R7

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Compartilhe

Assine Grátis!

Popular

Relacionandos
Artigos

“Vexame”: Bolsonaro diz ter vergonha de postura de Janja na China

Nesta quarta-feira (14/5), Jair Bolsonaro afirmou que tem “vergonha de ver...

Prazo para regularizar situação eleitoral termina na próxima segunda-feira (19/05)

Mais de 73 mil eleitores no Amazonas ainda estão...

Controle público e responsabilidade ambiental: um compromisso com o futuro

Por Yara Amazônia Lins “A crise ambiental é, antes de...

Rodrigo Guedes cobra que Prefeitura de Manaus suspenda mudanças nas linhas de ônibus da Zona Norte

Após várias manifestações de moradores da zona Norte de...