Com uma estreia triunfal em Paris, depois de derrotar o número 28 do mundo, o polonês Hubert Hurkacz por 3 sets a 0, em sua primeira participação em Roland Garros, João Fonseca terá pela frente um rival talvez um pouco mais tranquilo, mas não quer tomar nem um passo por garantido. O tenista de 18 anos vai encarar Pierre-Hugues Herbert na segunda rodada, do ranking, e diz que vai contar com a torcida brasileira para “fazer barulho” no Grand Slam francês.
– É um sonho realizado ganhar uma rodada de Roland Garros, Jogar um torneio que os brasileiros vêm em peso, acho que pela história do Guga e, com certeza, é um sonho estar passando pela primeira rodada. E, obviamente, é um sonho maior ainda de ganhar aqui. Mas, estou muito feliz mesmo pela primeira rodada, que joguei com muita confiança – disse João.
Com uma quadra lotada, Fonseca despertou a atenção não apenas dos fãs brasileiros que vibravam ao acompanhar o novo prodígio nacional no saibro francês, como também as dos torcedores que acompanhavam o jogo ao lado, entre Gael Monfils e Hugo Dellien, que acontecia na quadra Philippe-Chatrier, a principal do torneio.
Para quem acompanhou as maiores vitórias do tênis nacional, é quase impossível ver o tenista de 19 anos brilhar no Grand Slam francês, sem lembrar de seu compatriota, ex-número 1 do mundo, Gustavo Kuerten. Guga foi o único brasileiro a conquistar o troféu do torneio na chave de simples por três vezes (1997, 2000 e 2001).
João vai encarar o francês Pierre-Hugues Herbert, número 147 do mundo, pela segunda rodada em Paris e sabe que terá que enfrentar o desafio de jogar também contra a torcida da casa. No entanto, o jovem tenista se mostrou confiante, e disse que irá aproveitar a força do público brasileiro para dar o seu melhor em quadra e aproveitar cada momento.
O primeiro passo no torneio foi dado com maestria. Derrotou o recém-vice do ATP 250 de Genebra, Hubert Hurkacz, que pareceu ter sido pego de surpresa pela velocidade das bolas de João Fonseca. Sem cometer erros, o brasileiro fez um jogo digno de top-10 do mundo.
– Estava em Roland Garros, jogando com uma quadra cheia, contra um ex top-10, um jogador cabeça de chave. A pressão vem com certeza, mas eu tenho que entrar o mais intenso possível para deixar a tensão de lado e focar nas minhas pernas, na pressão da bola e no que eu tinha que fazer e não ficar tenso, segurar o braço ou fazer jogada precipitada – contou.
Fonte: Globo Esporte/Foto: Shi Tang/Getty Images
