A Justiça de São Paulo arquivou o inquérito que investigava a morte do cão Joca, um golden retriever de 5 anos, ocorrida durante um transporte aéreo pela empresa Gol em abril deste ano. O juiz Gilberto Azevedo de Moraes Costa afirmou que não há elementos que demonstrem maus-tratos ou sofrimento do animal, impedindo a instauração de ação penal.
O caso começou quando Joca deveria ser transportado do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, para Sinop, no Mato Grosso. Devido a um erro de embarque, o animal foi colocado em um voo para Fortaleza, onde permaneceu por aproximadamente 40 minutos antes de ser enviado de volta a São Paulo, totalizando cerca de 8 horas de viagem.
O Ministério Público (MP-SP) solicitou o arquivamento com base na ausência de provas que sustentassem uma denúncia por maus-tratos. O juiz destacou que a situação foi resultado de uma “sucessão de condutas culposas” e não intencionais por parte de funcionários da empresa, que relataram que Joca estava calmo e bem após a chegada em Fortaleza.
Apesar da decisão, a defesa do tutor, João Fantazzini, anunciou que recorrerá, alegando que a causa da morte do animal foi um choque cardiogênico, possivelmente relacionado ao estresse e à desidratação. Um laudo veterinário confirmou que a morte ocorreu devido a essa condição, exacerbada por uma viagem muito mais longa do que o previsto.
A Gol, por sua vez, afirmou ter colaborado com a investigação e respeitar a decisão judicial. O caso gerou grande repercussão e levantou questões sobre o transporte de animais, evidenciando a necessidade de melhorias nos procedimentos de logística e cuidado com pets em viagens aéreas.
Foto: Arquivo pessoal/ AM Post