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Linhas Tortas | OFICIAIS LIVRES

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O “Movimento dos Oficiais Livres” foi uma organização militar clandestina criada pelo coronel Gabel Abdel Nasser e outros oficiais egípcios, na sua maioria composto por jovens oficiais do Exército, que formaram o núcleo da “Revolução Egípcia de 1952”. A finalidade da revolução era “derrubar” o rei Faruk, que consideravam corrupto e sujeito aos desejos do Reino Unido, que ocupava o país desde 1882. O que, de fato, ocorreu com a deposição do rei. A partir da assunção do poder, o governo revolucionário adotou uma firme postura nacionalista. Desde então, quase todos os oficiais das Forças Armadas dos diversos países árabes imitaram o que ocorreu no Egito, fascinados pela profunda mudança institucional conseguida sem envolver nenhum derramamento de sangue. Como ocorreu na Líbia e no Sudão, depois Argélia e Quênia, na África. Em pouco tempo, o coronel Nasser sobressaiu-se como principal líder do movimento. Muito carismático e com uma retórica contagiante, Nasser viu a sua popularidade crescer rapidamente. Em 1954 se tornou Primeiro-Ministro e, em 1956, chegou à presidência do Egito, cargo que ocupou até a sua morte, em 1970. O projeto político de Nasser era grandioso. Internamente, suas metas eram a modernização econômica, militar e educacional, além da diminuição das disparidades sociais. (MASSOULIÉ, François. Os conflitos do Oriente Médio. São Paulo: Ática, 1996). Uma análise sucinta da situação egípcia sob o governo do rei Faruk, aponta para um governo corrupto que se subsistia através do apoio britânico, externamente, e internamente do “conchavo” com uma cúpula governamental também corrupta, entre eles os oficiais de alta patente do Exército. Os oficiais generais formavam um “muro” entre o governo e a tropa. O enfraquecimento do Exército por falta de recursos para aquisição de material bélico moderno e baixos soldos, associado à formação de uma “casta” de oficiais generais “pendurados” no poder, gerou um descontentamento dos escalões inferiores que contaminou os quartéis. A consequência foi uma firme reação militar contra o poder do rei Faruk e os generais da cúpula do Exército. A maioria foi deposta dos cargos, sem derramamento de sangue, e os coronéis assumiram o poder juntamente com a oficialidade de menor escalão. O apoio popular se deu em massa, como os “Motins do Cairo”, ocorridos entre 26 e 27 de janeiro de 1952, quando milhares de “cairotas” seguidos por compatriotas de outras cidades saíram às ruas, em fúria, para manifestar a sua indignação contra o governo. Os militares de menor patente, apoiados pelo povo, em 22 de junho de 1952, iniciam a intervenção militar nacionalista contra o rei Faruk e assumem o poder no Egito.
Elias Do Brasil

Por: Elias do Brasil / escritor e historiador, membro do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil (IGHMB) e articulista.

2 COMENTÁRIOS

  1. Perfeita e esperançosa mensagem, Elias do Brasil! Todas as vicissitudes que estamos passando servirão para a formação de uma Nação diferente daquela que a parte podre da Sociedade insiste em perpetuar…

  2. Excelente a mensagem e o conhecimento da história….
    Desde a malfadada “proclamação da república” estamos esperando a Nação Brasileira….

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