Quatro policiais militares foram presos na manhã desta sexta-feira (17), em Manaus, na operação Cerco Fechado por suspeita de envolvimento na chacina de dois homens e duas mulheres no dia 21 de dezembro de 2022. Um dos detidos nesta sexta é oficial da PM, informou o promotor Armando Gurgel, do Ministério Público do Amazonas, em entrevista coletiva. Dezesseis policiais estão presos por suspeita de envolvimento no crime.
“Quatro viaturas (da Ronda Cândido Mariano, grupo de elite da PM) estão supostamente envolvidas na ação, e um dos suspeitos é oficial, mas não podemos revelar o nome deste envolvido”, disse o promotor. A investigação ocorre em segredo de Justiça.
“A natureza das prisões é preventiva, portanto, que não tem prazo certo, fechado, apesar também de não ser uma condenação. O Ministério Público entende que elas deveriam ser alvo dessas medidas que foram concedidas por um colegiado de cinco juízes da central de inquéritos policiais”, disse o promotor.
Os PMs são suspeitos de envolvimento nas mortes de Diego Máximo Gemaque, de 33 anos, e Lilian Daiane Máximo Gemaque, 31 anos, que eram irmãos, e de Alexandre do Nascimento Melo, 29 anos, e Luciana Pacheco da Silva, 22 anos, que eram um casal.
Os corpos deles foram encontrados dentro de um carro modelo Onix branco na manhã do dia 21 de dezembro no ramal Água Branca, zona norte da capital.
Os policiais da Rocam se tornaram suspeitos após a repercussão de vídeos que mostram o momento em que eles fizeram a abordagem no veículo das vítimas. As imagens mostram Lilian e Luciana encostadas na parede de uma casa enquanto os agentes vasculham o carro em que elas estavam.
O motivo dos assassinatos ainda não foi descoberto, segundo o promotor.
*Amazonas Atual
