Mais de 100 pessoas foram presas no Amazonas, entre os dias 9 de setembro e esta sexta-feira (11), como parte de uma operação deflagrada pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) para combater a inadimplência de pensão alimentícia.
A ação concentrou-se especialmente na execução de mandados relacionados a processos mais antigos, com o objetivo de capturar indivíduos que estavam há anos em dívida com suas obrigações alimentares. Ao todo, 111 homens foram presos.
De acordo com o delegado titular da Polinter, Fábio Ally, as prisões correspondem a primeira fase da operação e que outras fases estão previstas.
Ally também destacou que as equipes policiais tiveram algumas dificuldades para efetuar as prisões em razão das restrições eleitorais. Segundo a polícia, entre os presos estão homens que não efetuam o pagamento de pensão há pelo menos 15 anos.
“Um aspecto que eu quero chamar a atenção aqui é que essas pessoas estavam em débito já há algum tempo, ou seja, a maioria dos presos foram (de débitos iniciados) de 2017 a 2019. Houve prisões de pessoas que estavam devendo desde 2009 e a pessoa deixa entrar em uma bola de neve que, quando a polícia chega, ela não tem condições de honrar e acaba ficando presa”, disse o delegado.
Ainda de acordo com o titular da Polinter, a polícia trabalha com a meta de cumprir 80% dos mandados abertos até o final deste ano, em uma média de 70 pessoas por mês.
A Polícia Civil do Amazonas disponibilizou um canal via WhatsApp, pelo número (92) 3667-7727, para que mulheres credoras que estejam com dificuldades de falar com a delegacia, possam entrar em contato. A ferramenta funciona sob demanda, sem resposta automática.
“Entre um e dois dias será retornado o contato para bolar a melhor estratégia”, disse Ally.
*g1/AM/Foto: Divulgação/PC-AM