O Complexo Turístico da Ponta Negra, na zona Oeste de Manaus, receberá a partir do segundo semestre deste ano uma escultura representativa do legado do Prêmio Nobel em prol da Amazônia, também chamado de United Earth Amazônia. A nível mundial, a capital do Amazonas é a primeira a receber a obra, cujo conceito tem inspiração nos seis pilares da sustentabilidade e que servirá de lembrete ao mundo sobre a necessidade de preservação do meio ambiente.
“A Amazônia é uma das maiores riquezas biológicas, culturais e naturais que precisamos preservar e salvar. Eu acredito piamente que se Amazônia se esvair, em seguida o mundo também irá (acabar). Na verdade o Prêmio Nobel Verde além de ser um prêmio humanitário é também espiritual”, declarou Marcus Nobel, criador e diretor-executivo do United Earth Amazônia e sobrinho de Alfred Nobel, idealizador do prêmio Nobel, presente hoje (27) no lançamento da escultura, realizado na Ponta Negra.
A escultura terá cinco metros, quatro toneladas, forjada no aço inox número 304 que, segundo o idealizador da obra, o artista plástico Darlan Rosas, é um material que pode ser reciclado infinitas vezes. Ainda conforme o artista, a proposta é que a escultura seja iluminada internamente, por meio de painéis solares. Junto com Rosas, a obra possui curadoria da designer de interiores Silvana Borges
“Cada uma das seis representações se transformam nas seis faces da escultura. Coloquei o ser humano interagindo com a natureza. Essas esculturas são feitas como um jogo de armar, de tal forma que ao montar a escultura, simbolicamente estaríamos criando um mundo sustentável. A escultura será construída dentro do conceito de Meio Ambiente”, disse Rosas.
Implantação
O Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) ficará responsável pela implantação a escultura no Complexo Turístico da Ponta Negra, próximo da placa instagramavel com o nome da cidade. Questionado sobre em quanto está orçada o valor da implantação do monumento, o diretor-presidente do Implurb, Carlos Valente, disse que a quantia ainda não está definida.
“A gente tem duas grandes variações ao desenvolver um projeto que são muito bem estudadas. Primeiro é o prazo de execução e segundo é o valor da execução. Então, essas duas grandezas estaremos conversando com o artista (Darlan Rosas) que criou o símbolo para equacionar exatamente o prazo da execução e adequar dentro de um valor sustentável, dentro de um valor econômico da Prefeitura (de Manaus) para que possamos inaugurar a escultura”, explicou Valente.
Já o prefeito de Manaus, David Almeida, apenas agradeceu a oportunidade concedida a Manaus de receber a escultura do Prêmio United Earth Amazônia. Na visão de Almeida, a cidade deve assumir o protagonismo na luta pela defesa do meio ambiente, preservação e sustentabilidade.
“Todo mundo fala em Amazônia. Todo mundo discute Amazônia. Estão discutindo Amazônia de fora para dentro. Com esse prêmio e com essa visibilidade nós queremos mostrar a Amazônia de dentro para fora. Daqueles que sabem preservar, daqueles que são os maiores preservadores da floresta tropical. Sair de coadjuvantes de uma discussão que somos protagonista. O protagonismo é nosso. Para que nós possamos dizer para o Brasil e para o mundo o que queremos para a nossa Amazônia”, pontuou o prefeito.
Premiação
Ainda hoje (27), no Teatro Amazonas, localizado no Centro da cidade, será realizado a entrega da premiação do United Earth Amazônia, com a presença do cantos Roberto Carlos, 81 anos, que será condecorado junto com Erasmo Carlos, pelo trabalho com a música em prol da defesa do meio ambiente. Erasmo será representado pelo filho Leo Esteves.
Durante a cerimônia, seis projetos mais relevantes na preservação da Amazônia serão premiados, em sustentabilidade e música. “A humanidade precisa reconhecer que precisa viver em harmonia com cada um e com todo o meio ambiente. E para concluir eu posso dizer que a preservação da Amazônia é um exemplo não somente para o Brasil, mas para todo o mundo, que possam ver e se inspirar”, disse Marcus Nobel.
*A crítica
