Ministro promete “cautela” ao tratar da política de preços da Petrobras

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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta quarta-feira (8/2) que o governo deve aprofundar, nas próximas semanas, o debate sobre a política de preços da Petrobras. Durante conversa com jornalistas, no Palácio do Planalto, Silveira disse, porém, que nenhuma mudança foi negociada até o momento.

“Existe uma preocupação de todo o governo em resolver a política de preços. Só que não tem nenhuma política formatada ainda. […] É uma pauta muito sensível e tem que ser debatida com muita cautela, muita profundidade”, declarou.

Segundo o ministro, o debate precisa ser feito com “transversalidade”, envolvendo os ministérios da Economia e de Minas e Energia, por exemplo. “Acho que a questão da paridade tem que ser discutida […] até que o presidente tenha uma posição de todos e arbitre sobre a melhor política, porque toda política de preço, quando se trata de um mundo globalizado, ela tem causas e consequências”, afirmou Silveira.

Atualmente, a política de preços da Petrobras é feita com base no preço cobrado pelo petróleo no mercado internacional.

Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o governo não irá manter o preço da gasolina “dolarizado”.

“Nós não vamos manter o preço da gasolina dolarizado. É importante que o acionista receba seus dividendos quando a Petrobras der lucro, mas eu não posso enriquecer o acionista e empobrecer a dona de casa que vai comprar um quilo de feijão e paga mais caro por causa da gasolina”, afirmou o presidente nas redes sociais.

Autonomia do Banco Central

Mais cedo, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, disse que o governo federal não discute mudanças na lei de autonomia do Banco Central (BC). Ele também negou que tenha havido pressão sobre os mandatos da atual diretoria da autoridade monetária.

Nos últimos dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem feito duras críticas ao Banco Central e à taxa básica de juros, a Selic, que está em 13,75%.

“Não existe nenhuma iniciativa do governo de mudança da lei atual do Banco Central e nenhuma pressão sobre qualquer mandato de qualquer diretor. A lei estabelece claramente que mandatos serão cumpridos”, disse o ministro Padilha à imprensa, após reunião do Conselho Político de Coalizão, no Palácio do Planalto.

Apesar do tom belicoso de Lula, não há qualquer disposição, entre congressistas opositores e aliados ao governo, em reavaliar a forma de atuação da instituição.

*Metrópoles

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