O motorista de ônibus que atropelou e matou o idoso Dalcy Almeida Cangussu, de 73 anos, vai responder por homicídio doloso, quando há intenção de matar. O atropelamento ocorreu no domingo (26) e foi gravado por câmeras de segurança. O motorista e a vítima haviam discutido antes do ocorrido.
As informações foram confirmadas pelo delegado responsável pelo caso ao repórter Pedro Leão, da Record TV. Após o atropelamento, Dalcy foi levado à Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e ficou internado até quarta-feira (2), quando não resistiu aos ferimentos e morreu.
O motorista, de 51 anos, já estava respondendo em liberdade por tentativa de homicídio. O caso, inicialmente, havia sido registrado como lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, mas, com a morte da vítima, a natureza criminal foi alterada para homicídio.
Causa da morte
De acordo com o filho da vítima, Ricardo Cangussu, o idoso precisou passar por cirurgias de alta complexidade, que envolveram ortopedia, vascular e plástica.
Após a operação, possivelmente evoluiu para uma embolia pulmonar, que causou paradas cardíacas no paciente, que não resistiu e morreu.
Motivo na briga entre o motorista e o idoso
Ainda segundo o filho de Dalcy, ele e o motorista discutiram porque o condutor do ônibus estava sem a máscara, que até então era obrigatória em São Paulo.
O idoso pegou um coletivo da linha 1764-10 — Jardim Corisco na rua Elias de Almeida, por volta das 17h15. Quando chegou ao ponto próximo da sua casa, o idoso solicitou a parada, mas o condutor estava irritado e não atendeu ao pedido. Outra passageira do coletivo informou que também iria descer no ponto e, portanto, o motorista foi obrigado a frear.
Uma câmera de segurança flagrou quando a mulher desce e caminha até a calçada. Dalcy tenta descer, mas as portas fecham na sua frente.
Quando o homem consegue colocar os pés no chão, o condutor dá partida, mas as mãos do idoso ficam presas na porta. O motorista acelera e arrasta a vítima, que tem a perna esquerda atingida pela roda traseira do veículo.
O condutor, de 51 anos, afirmou à Polícia Militar que esperou o passageiro descer e só depois fechou as portas para seguir viagem.
Ele relatou que, alguns metros depois, um grupo de populares avisou que um homem havia sido atropelado. O motorista contou que parou imediatamente o coletivo, desceu para ver a situação e encontrou a vítima caída perto do ponto.
O motorista não se aproximou do local porque havia muitos curiosos. Ele afirmou que não percebeu o momento em que atropelou Dalcy, não escutou nenhum barulho e não sabia dizer em quais circunstâncias o atropelamento aconteceu.
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