O que você precisa saber para se sair bem no Concurso Nacional Unificado

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Com inscrições abertas até 9 de fevereiro, o Concurso Nacional Unificado (CNU) oferece 6.640 vagas em 21 órgãos federais. A seleção, segundo especialistas, traz boas oportunidades de aprovação para candidatos menos experientes por exigir conceitos que não eram cobrados em concursos anteriores. Veja a seguir dicas para quem deseja ingressar em uma carreira pública por meio do CNU.

A prova é um novo desafio para qualquer candidato, de acordo com o professor de Informática e TI em cursos preparatórios Deodato Neto. “As matérias são bem diferentes. Matérias como diversidades, a parte de políticas públicas, a parte de transparência da Inteligência Artificial. Então, são conteúdos que não são cobrados em provas como em concurso comum. Isso quer dizer que quem começar a se preparar agora tem condição de passar”, explica.

Segundo o especialista, outro fator que torna o CNU interessante é o número expressivo de vagas. “São quase 7.000 vagas. Seria bom destacar que há candidatos que decidem atirar para todos os lados e acabam não passando em nada. 2024 traz boas oportunidades de aprovação. Mas é preciso ter um foco, é preciso focar uma área”.

Segundo o professor, o bloco com mais vagas é o 4, que é para auditor fiscal do trabalho. Deodato explica que o candidato até pode focar vários concursos, desde que na mesma área.

“Se o candidato focar determinada área, ele aumenta muito as chances de aprovação”, aconselha. Quanto aos editais, o professor afirma que o melhor a ser feito melhor é focar a estrutura básica que, segundo ele, é o que mais cai em prova: português, direito constitucional, direito administrativo, informática e raciocínio lógico.

Regras do Concurso Nacional Unificado

Os interessados em fazer a prova do CNU, mais conhecido como “Enem dos concursos”, podem se inscrever pelo site da Fundação Cesgranrio, banca organizadora da seleção. É preciso ter conta no Gov.br para fazer a inscrição.

O concurso é divido em oito blocos temáticos, sendo sete de nível superior e um de nível médio. Os candidatos do nível superior podem concorrer a diversas vagas, desde que sejam do mesmo bloco.

É necessário titulação específica em alguns cargos, ou seja, o candidato que não apresentar a formação específica da função, não poderá tomar posse. 

Cronograma do Concurso Nacional Unificado

• Inscrições: 19/1/2024 a 9/2/2024
• Divulgação dos dados finais de inscrições: 29/2/2024
• Divulgação dos cartões de confirmação: 29/4/2024
• Aplicação das provas: 5/5/2024
• Divulgação dos resultados das provas objetivas e preliminares das provas discursivas e redação: 3/6/2024
• Divulgação final dos resultados: 30/7/2024
• Início da convocação para posse e cursos de formação: 5/8/2024

Como será a prova? E onde?

As provas serão aplicadas em 5 de maio, em dois turnos e em 220 cidades simultaneamente.

Matutino:
• Nível superior – provas objetivas de conhecimentos gerais (20 questões) e prova discursiva de conhecimento específico do bloco
• Nível médio – provas objetivas (20 questões) e redação

Vespertino:
• Nível superior – provas objetivas de conhecimentos específicos (50 questões)
• Nível médio – provas objetivas (40 questões)

Alguns cargos terão a segunda etapa com avaliação de títulos. A aplicação das provas de títulos vai seguir as regras estabelecidas em edital para cada cargo. Em algumas funções as provas de títulos representarão 5% da nota total do concurso, em outros cargos essa etapa vai representar 10% da nota total.

É possível se inscrever em mais de um bloco?

Não. O candidato poderá se inscrever em apenas um bloco temático. O edital prevê que o candidato concorra a quantos cargos quiser. Vale lembrar que a ordem de preferência indicada no momento da inscrição é classificatória. Mesmo se aprovada em mais de um cargo, a pessoa será alocada conforme a ordem de preferência.

• Bloco 1: Infraestrutura, exatas e engenharia
• Bloco 2: Tecnologia, dados e informação
• Bloco 3: Ambiental, agrário e biológicas
• Bloco 4: Trabalho e saúde do servidor
• Bloco 5: Educação, saúde, desenvolvimento social e direitos humanos
• Bloco 6: Setores econômicos e regulação
• Bloco 7: Gestão governamental e administração pública
• Bloco 8: Nível intermediário

Posso mudar de bloco após a inscrição?

Apenas os candidatos do bloco 1 a 7 podem trocar de bloco após a inscrição. A mudança pode ser feita até a data do período de inscrições. Caso os candidatos inscritos no Bloco 8 (nível médio) queiram realizar a mudança será necessário o pagamento de uma nova taxa de inscrição e não haverá devolução de valores já pagos.

Como fica a classificação para a segunda e terceira opções? E a lista de espera?

O candidato que não estiver classificado para sua primeira opção, mesmo que assuma outro cargo, ainda estará na lista de espera dos cargos indicados como prioritários no momento da inscrição.

O mesmo vale para o candidato que tiver tomado posse em uma vaga. Posteriormente, pode ser convidado para um cargo de sua preferência.

Haverá lista de espera ou cadastro de reserva?

O CNU prevê um banco de candidatos para aqueles que não foram aprovados na primeira opção de cargo, escolhida no momento da inscrição. O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos poderá fazer chamamentos a cada seis meses ou conforme a necessidade e o fluxo de liberação e desocupação dos cargos do concurso até o fim do prazo de validade, que é de 12 meses.

Qual são os critérios de desclassificação?

Serão eliminados os candidatos que obtiverem aproveitamento inferior a 40% da pontuação nas provas objetivas de conhecimentos gerais e de conhecimentos específicos ou obtiverem nota zero na redação.

As políticas de cotas serão adotadas por bloco ou cargo?

As cotas serão aplicadas por especialidades, segundo a distribuição nos blocos. Pessoas com deficiência terão 5% das vagas reservadas; pessoas negras terão reservadas 20% das vagas e indígenas terão 30% das vagas destinadas aos cargos da Fundação Nacional do Índio (Funai).

Confira as vagas por órgão

• Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI): 1.480
• Ministério do Trabalho e Emprego (MTE): 900
• Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra):  742
• Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): 620
• Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet): 520
• Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai): 502
• Advocacia Geral da União (AGU): 400
• Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS): 310
• Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI): 296
• Ministério da Saúde: 220
• Ministério da Justiça e Segurança Pública: 130
• Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC): 110
• Ministério da Educação (MEC): 70
• Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO): 60
• Ministério da Cultura (Minc): 50
• Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep): 50
• Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel): 40
• Ministério dos Direitos Humanos (MDH): 40
• Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc): 40
• Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq): 30
• Ministério dos Povos Indígenas (MPI): 30

*R7/Foto: ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL

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