A obesidade é uma condição crônica que vai além de uma questão estética, representando um dos principais desafios de saúde pública no mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 650 milhões de adultos vivem com obesidade, condição que aumenta os riscos de outras doenças como diabetes tipo 2, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e até alguns tipos de câncer.
Além da saúde física, a saúde mental também pode ser afetada, sendo também uma causa direta. Logo, a conscientização e o manejo adequado são essenciais para prevenir e tratar a obesidade, destacando a importância de políticas públicas, acompanhamento médico e mudanças no estilo de vida.
Por exemplo, o cortisol, conhecido como o “hormônio do estresse”, pode causar uma redistribuição do tecido adiposo branco principalmente para a região abdominal e, além disso, aumentar o apetite com preferência por alimentos energéticos (“alimentos de conforto”), muitas vezes ricos em açúcares e pobres em nutrientes.
Curiosamente, em nossa sociedade moderna, a pandemia da obesidade coincide com o crescimento dos fatores que aumentam a produção de cortisol, como estresse crônico, consumo de alimentos com alto índice glicêmico e redução da quantidade de sono. Isso sugere um círculo vicioso, em que o aumento da ação do cortisol, a obesidade e o estresse interagem e amplificam uns aos outros.
A alimentação emocional é o ato de comer em resposta a emoções negativas ou estresse, muito presente na vida de pessoas com problemas emocionais e transtornos alimentares.