OPINIÃO

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31 DE MARÇO

A nova revolução não virá. Toda revolução, em princípio, se origina do caos, principalmente no meio do povo e, o ideal, com as Forças Armadas ao lado do povo. O Bolsa Família eterno, sem contrapartida do emprego, mantém represada num açude semivazio toda a massa humilde e paupérrima. E o SUS ainda funciona para todos, mal, mas para todos. O cidadão comum sofre males do desemprego e da miséria, mas não tem, ainda, um filho morrendo de fome, como ocorre nas ditaduras africanas da Libéria, Congo e Chade, onde crianças de 6 a 23 meses não recebem alimentos suficientes e diversos com frequência saudável (Revista Isto é/Planeta). Uma revolução popular necessita de uma violenta onda de revolta popular. Pais e mães se revoltam quando um filho morre de fome ou sem cuidados médicos mínimos. Nesse caso, o limite é a morte e não a vida. A revolta, a revolução é o tudo ou o nada, é a possível solução do não-solucionável. Os revoltosos, se reconhece pela barriga. A barriga vazia, pela fome e o desespero. Quem está alimentado, mesmo precariamente, e recebendo o seu salário, esse jamais sairá às ruas para engrossar uma coluna revolucionária. Patriotismo? Como exigir patriotismo de quem não tem ideia do que é a Amazônia ou como é uma plantação de arroz? Ignorantes não fazem revoluções, apenas seguem os seus líderes, sejam líderes mentirosos e espertalhões ou simples patriotas. Muitos se tornam lacradores ideológicos, sem opinião própria, pois falam aquilo que ouvem, sem raciocinar. Tem comida, tem cerveja, não tem revolução. Fidelidade, como ser fiel a quem promete com palavras, se aqui, um “tijolinho” para aumentar a casa faz tanta falta? Hoje, o caos popular é quase impossível, pois a Esquerda aprendeu com os seus erros, que o diga o “Daniel”, de Cuba, ou o “Pedro Caroço”, do Paraná. Eles, diferente do que ensinou Stalin (lenda?), não arrancam as penas da galinha viva e depois dão o milho. Agora, eles depenam as mentes dos jovens e demais seguidores e os mantém viciados nas facilidades oferecidas pela ideologia maldita do comunismo. Em 31 de março de 1964, a revolução foi possível porque as Forças Armadas estavam unidas na sua maioria, graças ao valor moral herdado das “pracinhas”, graças aos ensinamentos da Segunda Guerra Mundial, graças às excelentes Escolas de Formação Militar e, principalmente, graças aos líderes de verdade das Forças Armadas, o “milico raiz”, tipo Castelo Branco. Principalmente os generais e coronéis daquela época iam para casa, na reserva, contando apenas com o soldo. Não havia tantos casos na área militar como agora, de empregos garantidos por escolha pessoal de comandantes, além do mérito, nas funções remuneradas da administração das Forças Armadas. Ou, de empregos oferecidos aos militares de alta patente, principalmente, por políticos e empresários para trabalhar na iniciativa privada em determinada área de interesse da empresa no meio militar ou mesmo político. Hoje, há empresas privadas que pagam salários de quase oitenta mil reais a um general da reserva. E não se mede somente a competência, mas, principalmente, o seu poder de influência junto à tropa e aos altos escalões militares. Alguém vai pegar no fuzil? Sim, certamente alguns, mas não a maioria, parece. A nossa sociedade hoje, em geral, e não somente a classe militar, tem dificuldades de iniciar uma revolução. Falta o caos. Boa parte não deseja renunciar a nada, mesmo que siga no caminho da própria destruição ética e moral, aliando-se à vassalagem da Esquerda ou, ainda pior, evitando “marolas” no seu canto preferido do pantanal da conveniência. Junto com o progresso do Brasil pós-guerra vieram com força quase arrasadora os ideais comunistas originários da China e da União Soviética, principalmente. Cuba era o quintal latino desses grandes países comunistas. Os comunistas brasileiros se enfraqueceram em 1964, se reanimaram na década de 70 e agora, sentaram-se no trono. Comemorar 31 de março, esse ou aquele? Melhor aquele, quando os coturnos eram de couro e rachavam o chão nos desfiles. “PÉ PRETO, PÉ MARROM; UM-DOIS, TRÊS-QUATRO!”
Elias Do Brasil

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