No domingo, 28/01/2024, às 19 horas, mais de 450 mil pessoas assistiram à Live do ex-presidente Bolsonaro e seus filhos, Carlos, Flavio e Eduardo. Em aproximadamente uma hora e meia nada de novo, tampouco inédito, foi apresentado. O que é compreensível, tal o poder que os “alexandres” têm no país hoje. Jordy que o diga. Ninguém deseja ser acordado com a PF à sua porta às seis horas da manhã. Com muito cuidado e malícia, os quatro cavaleiros do clã Bolsonaro, colocaram as suas ideias numa linguagem fácil de entender e contra um adversário bem definido: a Esquerda. Talvez, a Live não tenha agradado a alguns intelectuais de Direita e poucos grupos mais exigentes, tanto política quanto culturalmente. Mas, ocorreu como uma conversa mais parecida com “papo de botequim”, com mãos passando na frente do rosto de quem falava, rascunhos de agenda sendo mostrados à câmara de forma descuidada e conversa paralela entre os integrantes da mesa. Bolsonaro trocou a camisa do Palmeiras pela legenda de Israel na camiseta polo. Fez muito bem. Parecia um grupo de amadores fazendo a primeira Live na varanda de casa, mais uma câmera de celular gravando tudo. Conversa em família, mas conversa séria. Não houve convidados, nem chegados e nem famosos como o Nikolas. Papo reto da joia da casa. Porém, provavelmente atingiu em cheio o público-alvo, aquele do povo que gosta de conversa, de um bom papo entre amigos. O maior objetivo do PL e de Bolsonaro foi clara e repetidamente exposto: conseguir vencer as eleições municipais desse ano, mesmo que tenha que fazer coligações políticas com adversários locais para colocar o PT no chinelo. E boa parte dos eleitores brasileiros, fora os lacradores da Esquerda, é gente humilde, gente trabalhadora que se apega a um grande líder como o Bolsonaro ou tem curiosidade em conhecê-lo, mesmo em vídeo. Ouvi-lo falar com aquele jeitão parecido com o povão deve dar gosto à maioria que assistiu à Live. Pena que o Face não é um caminho habitual do caipira do interior, do ribeirinho que também vota. Mas, quem sabe? Até um cursinho para preparar possíveis novos candidatos foi disponibilizado. O Carlos Bolsonaro está à frente do projeto junto com o irmão Eduardo. Ótima ideia. A Direita tem que se “endireitar” politicamente através de projetos mais profissionais e devidamente planejados, até copiando a Esquerda que já está bem treinada nesse quesito por décadas. Afinal, quem é a “dona” do governo atual, da cabeça da Justiça, da maioria das Universidades, de parte do alto empresariado, de um “naco” do Congresso e dos intelectuais de renome etc.? Está certa a família Bolsonaro, como estava certo o clã dos “Kennedy” nos Estados Unidos, principalmente no período 1960 a 1963 (Era Kennedy). Em 1960, a emergência de resolver problemas nacionais graves, tanto sociais como o avanço do comunismo, levou o democrata John Kennedy a vencer as eleições, alavancando o país para o progresso. Alguma família influente tem que assumir a liderança da Direita no Brasil. É assim que funciona nos maiores países democratas do mundo. Pode até ter uma família real, como na Inglaterra, mas o Parlamento e o povo respeitam a tradição e o comunismo não cresce por ali. Apesar da torcida contra, até de alguns da Direita, tomara que a família Bolsonaro consiga. Sim, família. O Bolsonaro, a esposa Michelle, os filhos Flavio, Eduardo e Carlos. Hoje eles são a família que defende os valores cristãos no Brasil, além da liberdade de cada cidadão brasileiro, entre outras virtudes já sabidas. Papo de botequim, mas foi muito bom!
*Por Elias Do Brasil
