“Compromisso” é qualquer obrigação solene que tenha a honra como penhor. (Oxford Dictionary/português). No início dessa semana, o general Braga Netto, ex-ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República e ex-ministro da Defesa do governo Bolsonaro, publicou em seu Instagram uma mensagem sobre o ocorrido em “08 de janeiro” de 2023, que termina dizendo: “(…) reafirmando nosso compromisso com a Pátria, acredito firmemente que o Brasil é nosso e que, unidos, podemos resgatar o país que desejamos (…)”. Oriunda de quem veio, da importância do general Braga Netto entre os militares da Ativa e da Reserva, tanto do Exército quanto das outras Armas, tal reafirmação de comprometimento assume vital importância no cenário político-militar da atualidade. O militar, por formação, leva muito a sério os seus juramentos. Um deles, quando o cadete é declarado Aspirante a Oficial, após o término escolar da Academia Militar das Agulhas Negras, é o seguinte: “(…) e dedicar-me inteiramente ao serviço da Pátria, cuja Honra, Integridade e Instituições, defenderei com o sacrifício da própria vida.”. É um juramento solene que oferece a própria vida à Pátria, portanto, é um compromisso com a Pátria, como disse o general. Nesse nível tão elevado de compromisso, quando a vida é o aval da lealdade e tem uma relação direta com a Pátria, o líder não fala para si apenas, mas se dirige ao seu povo, a partir do seu exemplo. De coração para coração. O general Braga Netto, ainda diz “acredito firmemente que o Brasil é nosso (…)”. Aí, ele se inclui. Ele se coloca lado a lado com o seu povo, com o “nosso”. Nosso é o “meu e seu”. O nosso Brasil. Em seguida, talvez a parte mais importante para o momento atual, o general cita a palavra “unidos”. Há uma frase comum e verdadeira que diz: “A união faz a força!”. O contrário é facilmente inteligível, principalmente para os grandes conflitos: “um exército desunido é fácil de ser batido”. Por isso é enfatizada a importância da união e da cooperação para se atingir um objetivo comum. Unidos, o líder e o seu povo, o general e os seus soldados. Quando, ao final do ano de 1812, a tropa francesa debandou na Rússia, Napoleão, definitivamente, perdeu a guerra. O general Braga Netto finaliza o seu pensamento: “(…) podemos resgatar o país que desejamos”. Outra vez, o líder se inclui ao seu povo, uno no propósito patriótico, e realça o “resgate”. Segundo o dicionário Aurélio, da Língua Portuguesa, “resgatar” significa: “livrar de cativeiro; tirar de situação perigosa ou livrar de acontecimento nefasto; salvar; retomar, recuperar etc.”. Não se deve ser cego à realidade, nem surdo aos apelos do povo e muito menos mudo no exercício das lideranças. Muitos chefes militares de enorme capacidade ou líderes políticos de grande potencial de influência, hoje, estão mudos nas suas casas, nos seus sofás, nos afazeres domésticos. Intencionalmente ou não, desafiam o próprio Deus que lhes deu a capacidade e a inteligência acima da média para conquistar o conforto que ora vivem com os seus familiares. Talvez, não percebam que o seu “castelo” poderá ruir antes que a falência de um mal negócio surja na vida de cada um ou, pior, que a coragem da boca não se reflita na covardia do olhar perante aqueles que o subjugarão e aos seus entes queridos num futuro próximo. Deus castiga e Deus dá. Os escolhidos de Deus não vieram para serem reis e nem escravos, mas sim grandes guerreiros. Podem, temporariamente ser um ou o outro, como a Bíblia ensina. Porém, jamais Deus os abandonará se cumprirem a Sua vontade. Por isso são os “escolhidos”. QUE ASSIM SEJA!
*Por Elias do Brasil
