A paz, entre muitas definições, é a ausência de violência, de guerra, de conflitos etc. Porém, na sua essência, a paz é a presença do amor na pessoa e, de amor, nas relações dessa pessoa. A paz, também, contém todos os desejos mais habituais nos votos de Feliz Ano Novo, como alegria, felicidade, sucesso, Deus, fé, bençãos, curas e milagres, dentre outros. Quem não tiver paz no seu coração, não conterá, completamente, em si e nos que ama, o objeto dos votos de Ano Novo. A História da Humanidade, e aí se inclui os escritos da Bíblia, é um caminho que passa por guerras e conflitos, tanto pessoais como entre nações ou povos. Os grandes romances, como o clássico de Shakespeare “Romeu e Julieta”, possuem, na estória do amor entre dois jovens apaixonados, um grave conflito entre as famílias do casal de namorados e culmina com a morte trágica dos que se amam. O veneno para Romeu e a faca para Julieta foram as soluções para continuarem o amor na eternidade. Hoje, não há mais dois “mundos” com antigamente: o lar e a vida lá fora. Talvez, agora com a Internet, há mais “mundos” dentro de casa do que fora de casa. Principalmente o celular, que não é roupa porque não se veste, mas se tornou “outra pele” de tão impregnado na pessoa, é quem domina as vontades e desejos de boa parte de quem lida com ele. A simples presença do celular, na mão ou sobre a mesa, visível, já determina quem é o principal convidado à mesa. É ele, o celular. Não há interlocutores, há pessoas reunidas com os seus celulares, talvez em mundos diferentes de cada um dali. Deixar o celular à mão é “abrir mão” do diálogo. O amor se comunica, principalmente, por intermédio do olhar e da palavra, além do tato. Daí, a expressão “olhar apaixonado” ser a mais contundente atenção a alguém. O cochichar prossegue essa adorável comunicação. As mãos dadas selam a intimidade. Certamente, as novas maneiras de se comunicar pela Internet chegarão, também, ao amor e à paz. Simplesmente, porque o ser humano necessita de amor e de paz. Num mundo em que as intrigas se originam por causas quase sem importância ou, pior, por causas que somente os loucos dão importância vital, a paz está ficando espremida “entre a cruz e a espada”. E com ela, o amor. Então, nesse ano de 2024, que a paz esteja com todos porque, assim sendo, o amor de Cristo estará em nós!
*Por Elias do Brasil