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Após 12 dias do último depoimento de Daniel Alves, a rádio espanhola Cadena SER revelou tudo o que foi dito pelo jogador durante a audiência.
Preso desde o dia 20 de janeiro, ele havia admitido que houve penetração, mas alegou que a relação foi consensual. De acordo com as novas informações, ele começou o testemunho dizendo que a jovem de 23 anos e sua prima foram ao seu camarote privado por causa do garçom, que teria apresentado as duas quando ele e seu amigo Bruno chegaram ao local.
“Aquelas meninas vieram ao nosso camarote privado, mas nós não insistimos, nem o garçom para elas”, disse Daniel Alves.
O jogador afirmou que foi na pista de dança que notou o interesse da jovem: “percebi a boa disposição dele pela forma como dançava, como se aproximava de mim, como trocávamos de posição”. Procurando privacidade, ele sugeriu que eles fossem para um local mais reservado. “Eu disse a ela para levar tudo isso para o banheiro. Ela disse que sim, que não havia problema. Eu disse a ela que iria primeiro e que a esperaria lá dentro.”
Uma vez dentro do local, segundo Daniel Alves, eles se beijaram, fizeram sexo e, enquanto ela fazia sexo oral nele, ele perguntou duas vezes se ela estava gostando. “Perguntei duas vezes se ela estava gostando e ela disse que sim “, contou ao juiz.
Depois, ele indicou que sairia primeiro do banheiro e que ela deveria sair depois. “Se eu a tivesse visto na saída, eu a teria parado para perguntar o que havia acontecido com ela, porque até então estava tudo bem”, disse o jogador durante o depoimento, narrando sua quarta versão da história.
“Fui simplesmente cúmplice do desejo que ela tinha ou dos que eu tinha”, finalizou Alves, reafirmando que tudo foi consentido.
Depoimentos anteriores
Em depoimentos anteriores, o brasileiro havia dito que não houve penetração. Primeiro, ele negou qualquer tipo de contato com a jovem que fez a acusação. Ao ser ouvido pela segunda vez, foi confrontado com imagens da boate e novas informações da Promotoria, afirmou que os dois se encontraram no banheiro e que houve sexo oral, porém consensualmente.
O depoimento prestado no dia 17 de abril ocorreu por causa de um pedido feito pelo próprio Alves para falar novamente com a juíza, formalizado por seu advogado, Cristóbal Martell. Pela lei espanhola, um acusado pode fazer esse pedido quantas vezes quiser.
A juíza responsável pelo caso seguirá decidindo se a investigação seguirá para julgamento e se Daniel Alves se tornará réu. A sessão com o depoimento durou cerca de 20 minutos, segundo a imprensa local. Também participaram dela os advogados de acusação, além da Promotoria de Barcelona, que foi quem fez o pedido de prisão preventiva à Alves.
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