Plataforma voltada à sustentabilidade na Amazônia vai mobilizar comunidade científica dos municípios do AM

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Visando promover o engajamento da comunidade científica, de governos locais e entidades do terceiro setor em prol do fortalecimento do ecossistema de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) na região, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), em parceria com o Instituto Acariquara e a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), mobiliza professores, acadêmicos, pesquisadores e demais profissionais da área científica e inovação a participar do projeto Rede de Recursos Humanos e Inteligência para a Sustentabilidade da Amazônia, a Rede RHISA.

A iniciativa pretende promover uma conexão com mais de 40 mil pesquisadores e entidades e começará a ser apresentada no interior do estado nesta semana, com a realização de diversos encontros. O primeiro acontece nesta quarta-feira (21/07) e na quinta (22/07), no auditório do Centro de Estudos Superiores da Universidade do Estado do Amazonas (CESSG/UEA), no município de São Gabriel da Cachoeira (distante 852 quilômetros de Manaus).

Para o titular da Sedecti, Jório Veiga, a proposta com a plataforma da Rede RHISA chega para potencializar o uso da CT&I, junto às políticas públicas no estado e na Amazônia.

“Mapear, identificar e viabilizar incentivos de apoio para os pesquisadores do Amazonas, em especial, àqueles que estão no interior, irá contribuir com a construção de políticas públicas mais eficazes. Isso vai permitir um trabalho colaborativo e um melhor entendimento do que já é feito no Estado e na região amazônica. Dessa forma, iremos acelerar e potencializar o uso de CT&I em prol do desenvolvimento sustentável em nossa região”, enfatiza o secretário.

A secretária executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação da Sedecti, Tatiana Schor, que também atua na coordenação da Rede RHISA, destaca que a iniciativa surge no intuito de valorizar e articular as redes de pesquisadores que estão na Amazônia.

“É uma rede que visa valorizar a inteligência na Amazônia, além de articular essa inteligência em diversos setores, seja com as comunidades de base, seja o terceiro setor, nas diversas esferas de governo, no setor privado e nos bancos de investimento. Por isso é importante entendermos e fomentarmos essa interlocução da capital com o interior”, destaca a secretária.

Centros regionais de pesquisa

A programação em São Gabriel da Cachoeira será a primeira de uma série de atividades que as organizações desenvolvedoras da Rede RHISA realizarão neste ano em pelo menos 11 municípios do Amazonas. A ideia é apresentar as estratégias e as ferramentas que serão utilizadas, a fim de formar uma densa rede colaborativa de pesquisa, desenvolvimento e inovação regional, para a troca de informações e experiências, apoio mútuo a projetos e interlocução com setores da sociedade, empresas e governos.

Além de São Gabriel, as mobilizações da Sedecti e Instituto Acariquara irão ocorrer também nas cidades de Tabatinga, Tefé, Coari, Lábrea, Humaitá, Parintins, Barreirinha, Nhamundá, Itacoatiara, Itapiranga e Silves.

Essas cidades foram escolhidas por serem centros regionais e concentrarem equipes de pesquisadores, pela presença de unidades de instituições de ensino e pesquisa públicas, como a UEA, Ufam e Instituto Federal do Amazonas (Ifam), além da presença efetiva das organizações do terceiro setor e empreendimentos de economia social e solidária que atuam no âmbito do desenvolvimento sustentável.

Ponto focal da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (SDSN Amazônia) na Ufam e coordenador técnico da Rede RHISA, o professor Henrique Pereira destaca que a iniciativa contemplará estratégias de comunicação e de informação, que serão imprescindíveis para facilitar o contato e o diálogo entre os atores.

“Com essa interlocução, vamos revelar quem são essas pessoas, onde elas estão e o que elas estão produzindo em termos de inovação tecnológica na região, em prol do desenvolvimento sustentável. Vamos convergir tudo isso em uma plataforma que vai ajudar a impulsionar a possibilidade de novos arranjos produtivos na Amazônia”, explica o professor.

Com isso, a Rede RHISA pretende contribuir para a consolidação das infraestruturas físicas e dos recursos humanos locais, viabilizando a produção e a difusão do conhecimento, enquanto promove a conexão entre os cientistas e suas produções com as empresas, governos e organizações da sociedade civil, tanto as do terceiro setor, como as organizações de base.

Para mais informações sobre a Rede RHISA, basta acessar o site: https://rhisa.org/

*Com informações assessoria

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