Rússia é alvo de ataque de drones ucranianos; Trump espera cessar-fogo

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O Ministério da Defesa da Rússia disse nessa quinta-feira (13/3) que abateu dezenas de drones ucranianos sobre várias regiões russas durante a noite, pouco depois de Donald Trump afirmar que esperava que Vladimir Putin aceitasse, como Kiev, sua proposta de cessar-fogo de 30 dias.

O presidente dos EUA também anunciou nessa quarta-feira (12/3) que negociadores americanos viajariam para a Rússia “imediatamente”, sem dar mais detalhes sobre sua programação.

As forças de defesa aérea “interceptaram e destruíram 77 drones aéreos ucranianos”, incluindo 30 sobre a região de Bryansk, que faz fronteira com a Ucrânia, e 25 sobre Kaluga, disse o Ministério russo em um comunicado.

Por sua vez, o chefe da administração militar de Kherson, Roman Mrochko, informou que uma pessoa morreu em um bombardeio russo na cidade, localizada no sul da Ucrânia.

Vladimir Putin ordenou nessa quarta que seu Exército “liberasse completamente” a região da fronteira de Kursk das forças ucranianas. O Kremlin não divulgou sua posição sobre a trégua proposta por Trump, afirmando que está aguardando “informações completas” dos Estados Unidos.

O presidente russo visitou a região de Kursk, na fronteira com a Ucrânia, na quarta-feira, onde compareceu a uma reunião do Estado-maior em uniforme militar. Esta é a primeira visita de Putin à região desde que as forças ucranianas invadiram e tomaram o controle de algumas áreas.

“Espero que todas as missões de combate que nossas unidades estão enfrentando sejam concluídas e que o território da região de Kursk seja em breve completamente liberado do inimigo”, disse Putin ao chefe do Estado-Maior do Exército russo, Valery Gerasimov.

Rendição ucraniana

“Os militares ucranianos, vendo que era inútil continuar resistindo, começaram a se render e 430 combatentes foram feitos prisioneiros” na região de Kursk, assegurou Gerasimov ao presidente russo, sugerindo que eles fossem “tratados como terroristas”.

presidente ucraniano Volodymyr Zelensky também observou que as tropas russas estavam “claramente tentando pressionar ao máximo” o contingente ucraniano que entrou na região em meados de 2024.

“Minha prioridade foi e continua sendo salvar as vidas dos soldados ucranianos. Para esse objetivo, unidades das forças de defesa, se necessário, manobram para posições mais favoráveis”, acrescentou o comandante do Exército ucraniano, Oleksandr Syrsky, na noite de quarta-feira.

O militar deu a entender que seus homens estavam se retirando das áreas onde os militares russos reivindicaram ganhos territoriais rápidos nos últimos dias.

Fim de tensão entre EUA e Ucrânia?

“Uma conversa telefônica do mais alto nível” entre Trump e Putin “é possível” em um “tempo relativamente curto”, disse o porta-voz da presidência russa Dmitry Peskov na quarta-feira. No início deste mês, no entanto, o Ministério das Relações Exteriores disse que um cessar-fogo temporário seria “inaceitável”.

Donald Trump anunciou na terça-feira (11/3) que “falaria” em breve com o chefe de Estado russo.

Fonte: Metrópoles/Foto: reprodução

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