O secretário de Estado de Meio Ambiente, Eduardo Taveira, disse que a fumaça de queimadas no Pará vem para Manaus pelo Rio Amazonas. Em vídeo publicado nas redes sociais neste domingo, Taveira explica que ventos que se formam no oceano pressionam o ar no Sudoeste do Brasil e atingem o oeste do Pará. O fluxo de vento se expande pelo rio que se torna um corredor natural.
“A direção dos ventos vem do oceano aqui para o continente. E tem uma pressão também vindo um pouco mais do Sudoeste. Com o aumento das queimadas acontecendo em especial na região Oeste paraense, o Rio Amazonas acaba sendo um corredor onde esse fluxo de vento flui essa massa de fumaça e acaba atingindo todos os municípios ali da Calha do Rio Amazonas. Então a gente vê fumaça em Parintins, vê fumaça também em Itacoatiara, vê a predominância da fumaça em praticamente toda essa área da Região Metropolitana”, disse Eduardo Taveira.
O vídeo divulga que por conta do Super El Niño, o tempo seco e sem umidade em Manaus contribui para o acúmulo de fumaça e mais tempo de partículas de suspensão no ar.
Eduardo Taveira diz que imagens de satélites comprovam a presença de focos de calor predominantes em regiões vizinhas, como no Pará, e que o Amazonas é o 7º em ranking de focos de calor na Amazônia Legal. Segundo o Inpe, 75 focos de calor foram registrados no estado nos últimos quatro dias.
Dados divulgados pelo Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam que outubro teve o maior número de focos de calor na Amazônia Legal para o mês desde 2008. Foram 22.061 focos de calor. O Pará liderou o ranking de focos de calor na Amazônia Legal em outubro, com 41,5% do total, seguido pelo Maranhão (15,6%). O Amazonas aparece em terceiro lugar com 14,1%.
“São vários satélites à disposição. As imagens desses satélites estão disponíveis para todos os estados para acompanhar a situação ambiental”, disse o secretário. Manaus está sob densa fumaça há uma semana.
O problema ambiental ocorre novamente na manhã desta segunda-feira (6). A qualidade do ar é muito ruim [vermelha na escala de cores do Selva – Sistema de Vigilância Ambiental] em todas as zonas habitacionais da capital.
Areia
No início da tarde de domingo, alguns bairros da capital foram atingidos por forte ventania que causou nuvem de poeira. Prédios residenciais foram encobertos. O vendaval também destelhou casas, segundo registrou a Defesa Civil. Não houve feridos.
Foto: X Twitter/Reprodução
*Amazonas Atual