A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Jogos e Apostas Esportiva do Senado Federal pode ouvir, na próxima semana, depoimentos de figuras conhecidas no noticiário nacional. O jogador de futebol da Seleção Brasileira Lucas Paquetá e a influenciadora digital Deolane Bezerra foram convocados a depor no colegiado.
A convocação, diferente de um convite a depor, torna a presença obrigatória. Na terça-feira (29/10), estão marcadas as oitivas de Deolane e Darwin Henrique da Silva Filho, CEO da Esportes da Sorte, empresa de apostas on-line investigada por suposta lavagem de dinheiro e relação com o crime organizada.
A influenciadora e advogada também é investigada por envolvimento no esquema criminoso da Esportes da Sorte. Deolane chegou a ser presa na Operação Integration da Polícia Civil de Pernambuco, mas atualmente responde em liberdade.
Deolane pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para não ser obrigada a comparecer à CPI, e caso seja obrigada, que possa exercer o direito ao silêncio para não se incriminar. O ministro André Mendonça acatou o pedido da influenciadora a ficar em silêncio.
Já na quarta-feira (30/10), estão marcados os depoimentos do jogador Lucas Paquetá e seu tio, Bruno Tolentino. O parente do meio-campo transferiu R$ 40 mil via Pix ao atacante Luiz Henrique, do Botafogo, e entrou na mira de investigações sobre manipulação de resultados em partidas de futebol do país.
O dinheiro foi enviado ao jogador quando ele atuava pelo Real Bétis, da Espanha, no início de 2023, depois que ele recebeu cartões amarelos em jogos pelo clube espanhol. Tolentino também solicitou à Suprema Corte o direito de permanecer em silêncio. A solicitação ainda aguarda julgamento.
O jogador do West Ham, da Inglaterra, foi denunciado por suspeita de envolvimento em um esquema de manipulação de apostas esportivas no Campeonato Inglês, onde joga. O depoimento de Paquetá é o único previsto para ser feito de forma on-line até o momento.
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