A Go Gamers divulgou hoje (26) a 12ª edição da Pesquisa Game Brasil (PGB) que reúne informações sobre o público gamer brasileiro em 2025. O levantamento registrou um aumento no número de jogadores no país, chegando a 82,8% da população, algo impulsionado pelo grande alcance de Jogos de Sorte como o “Jogo do Tigrinho”. O estudo desenvolvido pela SX Group e Go Gamers em parceria com Blend New Research e ESPM entrevistou cerca de 6.282 pessoas de todo o Brasil, dos 26 estados ao Distrito Federal, entre os meses de janeiro e fevereiro de 2025.
Vale reforçar que a porcentagens de jogadores é a maior registrada pelo estudo desde sua criação em 2013. O TechTudo teve acesso antecipado aos números da pesquisa e traz, a seguir, mais detalhes sobre o público gamer no Brasil, com recortes de gênero, raça e idade.
Este ano a pesquisa implementou novos parâmetros mais precisos para entender comportamentos específicos de certos grupos de consumidores, como recortes por geração. Pela primeira vez também foram considerado jogos de sorte que envolvem apostas com dinheiro real na métrica. O estudo mostrou que 82,8% dos brasileiros consomem jogos digitais, um aumento de 8,9% em relação ao ano anterior. 88,8% dessas pessoas consideram jogos digitais uma das principais formas de se divertir e para 80,1% eles são a principal maneira.
Jogos de sorte deixam Brasil cada vez mais gamer, aponta PGB 2025
- Jogos da sorte
- Plataformas preferidas
- Preferências por classe
- Games por gênero e raça
- Gerações de gamers
Jogos da sorte
Uma grande novidade no estudo foi a inclusão de jogos da sorte, como o famoso “Jogo do Tigrinho” que apresenta apostas com dinheiro de verdade. De todos os entrevistados, 38,2% afirmaram jogar estes títulos, dos quais 89,9% gastam moeda real no game. As motivações talvez surpreendam, pois enquanto 30,4% buscam a emoção da vitória, 29% utilizam o jogo apenas como entretenimento. Os valores apostados pelos jogadores é de R$ 51 a R$ 200 mensalmente entre 34,6% do público, e acima de R$ 500 para 8,6% das pessoas.
Dentro deste público, 39% joga apenas uma vez por semana, enquanto 12,4% joga quatro vezes ou mais semanalmente. O tempo gasto é de até três horas por semana entre 70,2% dos jogadores, mas 19,5% jogam mais de três horas semanais. Além disso, 43,9% dos players afirmou que vê esses jogos como uma forma de ganhar mais dinheiro, enquanto 24,7% os consideram um investimento para melhorar sua renda.
Carlos Silva, CEO da Go Gamers, comentou que não é possível comparar jogos da sorte aos jogos digitais para entretenimento. Porém a pesquisa concluiu que este tipo de game se tornou uma parte relevante do consumo de jogos e irá competir pelo tempo e carteira dos consumidores no mercado. Na pesquisa, Carlos Silva comentou:
“A única razão para estes jogos existirem é para que a pessoa aplique uma quantidade de dinheiro e espere receber mais do que gastou, com um viés de entretenimento. Jogos digitais não se resumem apenas a transações de dinheiro, existe algo muito maior neles em termos de construção narrativa, personagens e outros – as microtransações são partes da experiência, e as motivações que levam alguém a apostar nestes jogos e a jogar jogos digitais são diferentes.”
Plataformas preferidas
O estudo indica que a maior parte do público de games são os Millennials (entre 30 a 44 anos) com 49,4% da amostragem. Dentre os Millennials, 39,9% preferem jogar nos smartphones, como dispositivos Android e iPhone (iOS), 27,7% nos consoles, como PlayStation 5 (PS5), Xbox Series X, Xbox Series S, PlayStation 4 (PS4), Xbox One e Nintendo Switch, enquanto apenas 19% dão prioridade ao PC. A plataforma de games preferida para o público como um todo continua sendo o smartphone, com 40,8% dos players, mas este número sofreu uma queda de 8% em relação a 2024. A preferência por consoles subiu 3%, chegando a 24,7%, e o computador teve 5,5% a mais, alcançando 20,3%.