Durante o grande expediente na Câmara Municipal de Manaus (CMM), nesta terça-feira (27), o vereador Coronel Rosses (PL) usou o seu tempo na tribuna para expor o relatório técnico do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), que solicitou o prosseguimento das investigações sobre a viagem de David Almeida ao Caribe, após constatar que há indícios de favorecimento a particulares.
Em sua nova manifestação, Rosses reiterou a necessidade de que o TCE-AM determine a suspensão imediata dos pagamentos para as empresas suspeitas do escândalo; tal medita foi solicitada desde a sua primeira representação.
O parecer cita diretamente as empresas fornecedoras e os valores dos seus contratos com o Executivo Municipal:
•MURB Manutenção: R$ 325 milhões em contratos;
•Construtora Rio Piorini: R$ 56 milhões;
•Construtora Royal Tech: R$ 7 milhões – apesar do prefeito negar vínculo.
De acordo com relatório do TCE-AM há um apontamento de “presunção de benefício privado de elevado valor” e possível “enriquecimento ilícito”. O documento também fala em favorecimento de particulares e desrespeito aos princípios da administração pública.
Luxo enquanto Manaus sofria
Durante a viagem de luxo com direito a champanhe de R$ 30 mil, upgrade de R$ 16 mil para primeira classe e festas exclusivas; Manaus enfrentava tragédias causadas pelas chuvas, com deslizamentos, perdas materiais e mortes.
Em resposta ao TCE-AM, o prefeito David Almeida (Avante) apresentou apenas dois recibos sem valor fiscal como prestação de contas da viagem. A rasa prestação foi uma das razões que motivaram o pedido de continuação das investigações.
*Com informações da Assessoria