Detento executado por asfixia com nitrogênio rejeitou as ‘últimas palavras’ e a ‘última refeição’

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O assassino condenado à morte Jessie Hoffman Jr. foi executado por asfixia com gás nitrogênio numa provação de 19 minutos que o deixou “se contorcendo e se sacudindo” preso à cadeira da câmara de execuções, na noite de terça-feira (18/3).

O detento, que tinha 46 anos, recusou-se a fazer uma declaração final, nos seus últimos minutos de vida, e abriu mão do direito de escolher uma última refeição, contou o “Sun”.

Jessie foi declarado morto na Penitenciária Estadual da Louisiana, na cidade de Angola. Autoridades classificaram o processo como uma “execução impecável”.

Testemunhas da execução, cujo método é proibido para a eutanásia de animais e é classificado como tortura pela ONU, disseram que Jessie parecia tremer involuntariamente ou tinha “alguma atividade convulsiva”.

O chefe de operações do Departamento de Segurança Pública e Correções da Louisiana e testemunha da execução, Seth Smith, declarou que via as convulsões como uma “resposta involuntária à morte” e que Jessie parecia estar inconsciente naquele momento.

A execução marca a quinta vez que o gás nitrogênio foi usado nos EUA após quatro execuções pelo mesmo método, todas no estado do Alabama.

Jessie foi condenado pelo estupro e pelo assassinato de Mary Elliott, mais conhecida como Molly, em 1996. A vítima era uma executiva de publicidade de 28 anos que foi brutalmente morta no centro de Nova Orleans.

Na época do crime, o condenado tinha 18 anos e, desde então, passou a maior parte da sua vida adulta na penitenciária no sudeste da Louisiana.

Seus advogados apelaram contra o método da asfixia por nitrogênio, alegando que ele é desumano e viola os direitos religiosos de Jessie, que havia se convertido ao budismo atrás das grades.

O Congresso da Louisiana, dominado pelo Partido Republicano, expandiu os métodos de pena de morte aprovados pelo estado no ano passado para incluir asfixia por nitrogênio e eletrocussão. A injeção letal já estava em vigor. A procuradora-geral do estado, Liz Murrill, disse que espera que pelo menos quatro pessoas sejam executadas este ano na Louisiana.

Fonte: Extra Globo/Foto: Reprodução/Louisiana State Courts

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