Entidades da economia digital criticam PL das Fake News

Publicado em

A Câmara Brasileira de Economia Digital e a Associação Latino-Americana de Internet (Alai) emitiram carta conjunta, nesta sexta-feira (28/4), em que criticam o projeto de lei (PL) das Fake News. As entidades afirmam estar preocupadas com os “impactos negativos” da proposta caso seja aprovada.

O posicionamento se opõe a uma regulação que pode instituir “restrições à liberdade de expressão, contraditoriamente estimular e remunerar a desinformação, prejudicar profundamente a publicidade digital e, indiretamente, a economia brasileira”.

As entidades afirmam que o texto, na forma em que se encontra atualmente, além de não solucionar os problemas, pode gerar impactos negativos. Demonstram preocupação, por exemplo, com a interferência estatal na moderação do conteúdo e a possibilidade de terem que remunerar veículos que espalham notícias falsas.

projeto de lei, segundo as entidades de economia digital, poderia trazer uma redução de ganhos para a pequenos empreendedores, influenciadores e criadores. “O texto do projeto de lei cria uma série de restrições à publicidade digital, com graves consequências financeiras para pequenos empreendedores, criadores e influenciadores”, aponta.

“Defendemos a construção de uma regulação que proteja a internet, os usuários, criadores de conteúdo, o ecossistema de publicidade digital e a democracia, independentemente de questões ideológicas. Defendemos uma discussão técnica e agnóstica do texto”, diz a carta.

O PL

O PL das Fake News cria a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet e foi apresentado pelo senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), ainda em em 2020. A gestão do então presidente Jair Bolsonaro (PL), porém, era crítica ao texto e travou sua tramitação.

A demora para análise desde sua proposição ocorre porque o projeto prevê o estabelecimento de medidas de combate à disseminação de conteúdo falso nas redes sociais e serviços de mensagens, como WhatsApp e Telegram. O Google chegou a criticar a urgência do projeto, pedindo mais debate antes da sua votação.

A urgência para os parlamentares analisarem o texto foi aprovada na última terça-feira (25/4), em uma votação apertada na Câmara dos Deputados. Isso permite que a matéria entre em discussão no plenário sem passar por uma Comissão Especial, como é preciso quando a matéria tem relação com temas abordados em mais de quatro comissões da Câmara.

*Metrópoles

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Compartilhe

Assine Grátis!

Popular

Relacionandos
Artigos

Sem Neymar, Palmeiras e Santos fazem clássico em momentos opostos pelo Brasileirão

Palmeiras e Santos se enfrentam nesta quinta-feira (6), às 21h30 (de Brasília),...

Noruega anuncia investimento de US$ 2,9 bilhões no fundo de florestas

A Noruega anunciou nesta quinta-feira (6/11) que destinará 30 bilhões de...

EUA formalizam suspensão de tarifas sobre importações da China por 1 ano após acordo com Xi

O governo dos Estados Unidos formalizou, por meio da...

Moraes rejeita pedido de laudo médico feito pelo DF para prisão de Bolsonaro na Papuda

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes respondeu...