O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira (3) que vai pedir à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que avalie a vacina Qdenga, aprovada na quinta (2) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
O imunizante, desenvolvido pelo laboratório japonês Takeda, é o primeiro aprovado no país para a faixa etária de 4 a 60 anos de idade — independemente de exposição prévia ao vírus da dengue.
Nessa avaliação, a Conitec vai levar em conta os benefícios da vacina e a segurança para a população, além da capacidade do SUS para oferecê-la aos pacientes. A partir do parecer da Comissão, baseado em evidências científicas e fatores sociais, o Ministério da Saúde decidirá se a nova vacina será ofertada pela rede pública.
Em entrevista ao g1 e à GloboNews, a diretora-executiva de assuntos médidos da Takeda no Brasil, Dra. Vivian Lee, disse que o laboratório espera que a vacina chegue a clinicas particulartes do Brasil no segundo semestre deste ano. A empresa vai aguardar o fim das discussões, no Ministério da Saúde, para definição de preços do imunizante.
A vacina Qdenga mostrou, em ensaios clínicos, ter uma eficácia geral de 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo após 12 meses da segunda dose. A vacina também reduziu as hospitalizações em 90%.
Segundo o laboratório, 28 mil crianças e adultos participaram dos testes em países onde vírus da dengue circula. No Brasil, os ensaios clínicos aconteceram em quatro cidades, com cerca de 1.800 voluntários de 4 a 16 anos de idade. A vacina é produzida em uma fábrica na Alemanha.
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