Prefeitura de Tapauá é cobrada pelo MPAM por ações urgentes de combate à queimadas no município

Publicado em

Com aumento expressivo de queimadas e insalubridade do ar, o Ministério Público do Amazonas (MPAM), por meio da Promotoria de Justiça de Tapauá, emitiu uma recomendação à Prefeitura municipal, comandada pelo prefeito Gamaliel Andrade, exigindo a criação de um Plano de Atuação Emergencial para combater as queimadas que afetam o município. A medida visa proteger a saúde pública e o meio ambiente diante do período de estiagem severa de 2024.

O agravamento de queimadas preocupa autoridades e para o promotor de Justiça Bruno Batista é necessário ações urgentes do poder público. “A queima de lixo nos quintais das residências e as queimadas na zona rural do município provocam sérios danos não só ao meio ambiente, mas também à saúde humana, principalmente nesse período de estiagem. Na última semana, a fumaça das queimadas pairou sobre Tapauá, o que impõe ações urgentes do Poder Público, a fim de combater e mitigar os impactos negativos provocados pelo fogo e fumaça. Desse modo, o Ministério Público expediu uma recomendação pedindo providências do órgão municipal em relação ao problema”, explicou o promotor.

A recomendação demonstra a preocupação do Ministério Público com os danos causados pela propagação da fumaça e dos incêndios, especialmente em áreas rurais onde o uso do fogo é uma prática comum. O documento ressalta que, muitas vezes, essas queimadas são realizadas por pessoas sem conhecimento técnico adequado para controlar o fogo e sem consciência dos impactos ambientais e à saúde pública.

Entre as medidas recomendadas estão a criação de um Plano de Atuação Emergencial, no prazo de dez dias, contendo ações concretas de combate às queimadas para os próximos 120 dias. Esse plano deve incluir a fiscalização diária de terrenos e a autuação dos responsáveis por queimadas ilegais. Outro ponto destaca que a emissão de autorizações para queimadas controladas deve ser suspensa em até cinco dias, enquanto persistirem condições meteorológicas desfavoráveis, como baixa umidade e altas temperaturas.

Educação ambiental

A educação ambiental também é destacada pelo MPAM como uma ferramenta essencial para combater essas práticas inadequadas, o documento também recomenda que o município promova campanhas de conscientização. O promotor de Justiça Bruno Batista da Silva ressalta a importância de formar cidadãos mais conscientes, capazes de tomar decisões que preservem a vida e o bem-estar da sociedade. Associações rurais, escolas, igrejas e outras entidades devem ser mobilizadas para divulgar as novas medidas e orientar a população sobre os perigos das queimadas.

A Prefeitura tem dez dias para iniciar uma campanha de conscientização sobre a proibição do uso do fogo sem autorização, alertando a população sobre os riscos à saúde e ao meio ambiente.

Foto:Reprodução/ *AM Post

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Compartilhe

Assine Grátis!

Popular

Relacionandos
Artigos

“Vexame”: Bolsonaro diz ter vergonha de postura de Janja na China

Nesta quarta-feira (14/5), Jair Bolsonaro afirmou que tem “vergonha de ver...

Prazo para regularizar situação eleitoral termina na próxima segunda-feira (19/05)

Mais de 73 mil eleitores no Amazonas ainda estão...

Controle público e responsabilidade ambiental: um compromisso com o futuro

Por Yara Amazônia Lins “A crise ambiental é, antes de...

Rodrigo Guedes cobra que Prefeitura de Manaus suspenda mudanças nas linhas de ônibus da Zona Norte

Após várias manifestações de moradores da zona Norte de...