Bruno e Dom: Esperamos por justiça

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A Justiça Federal no Amazonas realizou na semana passada a última fase das audiências de instrução do caso Bruno e Dom, ocasião em que foram ouvidos os réus acusados pelos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, quer dizer não foram ouvidos, já que os suspeitos não responderam às perguntas do júri. É sobre esse episódio e as expectativas para os próximos passos que a Justiça vai dar que vamos falar esta semana.

Primeiramente, quero dar esse retorno do que tem acontecido em relação ao julgamento do caso Dom e Bruno ali na Justiça federal de Tabatinga e reforçar que a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) segue acompanhando o desenrolar do processo e está confiante de que a justiça será feita.

Apesar do silêncio por parte dos réus, acreditamos que há materialidade e indícios suficientes para que Justiça leve os acusados, Amarildo da Costa de Oliveira (Pelado); seu irmão, Oseney da Costa de Oliveira (Dos Santos), e Jefferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha, a júri popular.

Estamos buscando Justiça desde junho do ano passado. Um ano após esse trágico episódio que chocou o mundo, pouca coisa mudou na segurança dos nossos povos. O cenário ainda é de insegurança e o que esperamos é que nossas autoridades olhem para as necessidades dos parentes do Vale do Javari com ações efetivas para evitar que a história de Bruno e Dom se repita com outros parentes.

Acreditamos na Justiça, acreditamos nas instituições brasileiras e é isso que eu quero de fato falar para as famílias, para os parentes que nos acompanham, que nós ainda esperamos por Justiça por Dom e Bruno. Estamos aqui para cobrar justiça por Bruno e Dom e segurança para os parentes da região do Vale do Javari.

Em uma audiência anterior, também realizada neste mês, foram ouvidas novas testemunhas de defesa arroladas pelos advogados dos réus, entre eles o Colômbia, tido como suspeito de ser o mentor intelectual dos crimes, ele também nega a participação no caso.

Nessa fase a justiça analisa a materialidade dos crimes e indícios de autoria. Então, a partir daí, decidirá se os réus serão levados a júri popular ou não. O juízo deu prazo de dez dias para as alegações finais que é o último momento que as partes têm a se manifestar nessa fase, logo em seguida haverá uma decisão de pronúncia ou de impronúncia que vai decidir pela realização ou não realização do júri popular. Seguimos aguardando por justiça.

*Por Eliesio Marubo

*Arte: O Primeiro Portal 

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