O cultivo, a fabricação, a distribuição e a venda da cocaína, da maconha, do crack, da heroína e das demais drogas sintéticas fazem parte de uma atividade criminosa global que movimenta cerca de 400 bilhões de dólares por ano. Tudo isso para que uma jovem escorada numa mureta de um dos andares da Torre Eiffel fume um “toco” ou um milionário no seu iate ancorado no Principado de Mônaco consuma um “ácido” preferido que lhe dê prazer. Pode ser um “bagulho” numa praia do Havaí, um “barrufo” na favela do Vidigal, levar um “bode” no interior da África do Sul, ou uma “bad trip” em Belise. O entorpecente ilegal, hoje, chega em qualquer local do mundo. Nomes como “Ndrangheta”, “Bratva”, “Yamaguchi-gumi”, “Cartel de Sinaloa” e “Sun Yee On”, se referem às cinco mais relevantes e perigosas máfias do mundo: Máfia Italiana, a Yakuza japonesa, o Cartel de Sinaloa no México, a Tríade Chinesa e a Máfia Russa. Esses 400 bilhões de dólares, segundo dados da ONU, são maiores que cada um dos PIB da Venezuela, de Portugal, do Equador, da Bulgária, da Ucrânia, do Catar ou da Irlanda, entre muitos outros países. Talvez, a maior parte dos países do mundo tenha um PIB menor que essa quantia. Em 2021 havia 296 milhões de pessoas consumidoras de droga no mundo (ONU). Nessa conta se deve adicionar os familiares e as estruturas sociais de suporte aos drogados que as drogas atingem e sobrecarregam. Uma família de 4 pessoas (todos são afetados pela droga) faz esse número saltar para mais de um bilhão de pessoas: quase a população da China (1,412 bilhão, em 2022). Há, pelo menos, 4 grandes “ilhas” nesse sistema: 1) Os locais onde a droga é fabricada ou produzida; 2) as Máfias que fazem chegar drogas ao usuário; 3) O usuário, 4) Os beneficiários das vendas. A abrangência do poder do Narcotráfico se estende, hoje, além da economia como um todo, também sobre parte ou a totalidade dos poderes de uma nação: o Executivo, o Legislativo, o Judiciário e o Militar. Para se tentar entender um viciado terminal, basta imaginar um faminto trocar a droga pela comida que o salvará da morte por inanição. Ele sempre preferirá a droga, isto é, a morte. A droga é a última peste da humanidade. Não será uma Terceira Guerra Mundial, um novo dilúvio, uma terrível catástrofe natural sobre o mundo, não será. A maioria dos bons será dizimada e muitos maus, os que não servem para o Narcotráfico, também. Como será o provável fim do Narco? De um lado, montanhas de drogas e montanhas de dinheiro; do outro, sem clientes, a ausência de simbiose. O caos. Será o momento de Jesus vir salvar os crentes que sobraram nas masmorras, nas cavernas e nos esconderijos? Talvez. Ou, então, um imaginário “Exército Supra Nações”, com poderes para atuar em qualquer parte do mundo e com a missão de dizimar, de extinguir o Narco em todas as suas esferas, com legislação internacional própria para combater, prender, julgar e condenar (…). Ou, então, sobreviver ao caos provocado pelo Narco e aguardar a vinda de Jesus (…). AMÉM!
Por Elias do Brasil