“Eu estava perguntando sobre essa “branquitude” julgando samba preto” – disse uma seguidora de um ator/comediante que postou na Internet algumas críticas sobre os jurados dos quesitos do Carnaval Carioca desse ano de 2024.Ganhou a Viradouro com folga, com seus quase 3.000 componentes de origem branca, preta, asiática, indígena etc. Tudo junto e misturado cantando e dançando na avenida. A ideologia de Esquerda, até em reação a um tipo de comportamento da Direita, tenta explorar a cor da pele como referência socioeconômica da sociedade. No Brasil, desde o descobrimento, a ascendência social se fez, basicamente, pelo contexto do conhecimento científico, isto é, pela cultura do conhecimento aprendido nas escolas ou com os antigos mestres. Os indígenas e os negros eram considerados os menos aculturados e, em consequência, os menos favorecidos econômica e socialmente. E, por séculos, esse estigma social perdura na cultura brasileira: os brancos têm mais chances e os negros e índios têm menos oportunidades de crescimento socioeconômico. Junta-se as outras raças que vieram ao longo do tempo, umas mais evoluídas culturalmente e outras menos. O Comunismo explora a ideia de que um povo inculto é mais fácil de dominar. Se não tiver uma religião oficial, melhor. Então, incluir a ideia de segregação social, ou o preto contra o branco, se coloca fogo na pólvora. A frase escrita no início do texto é um exemplo. A Esquerda, diuturnamente, explora essa divisão, tanto em aparentemente ingênuas propagandas de bancos e perfumarias, até na linha de frente com a atuação dos seus militantes. Porém, não é a cor da pele e sim as oportunidades de adquirir conhecimento que definem, na maioria das vezes, o sucesso socioeconômico da pessoa, seja ela de qualquer origem de cor da pele. Os brancos levaram vantagem no início, pois tinham mestres que lhes forneciam conhecimento. Já os negros da cana-de-açúcar no nordeste colonial, só lhes restavam a ignorância e, por sorte, as tradições do seu povo de origem. Ainda hoje são milhões que continuam pobres ou miseráveis, não necessariamente de origem negra. O motivo principal é o mesmo: falta de escolas, condições precárias do ensino (professores, livros etc.), tudo em consequência de uma má política de ensino no país. A Esquerda tenta fazer engolir a fórceps a ideia de separatismo entre os brasileiros utilizando, principalmente, os afrodescendentes como massa de manobra política, numa nítida intenção de propagar a ideia de segregação racial. Misturam pobreza com cor da pele confundindo as pessoas mais simples e os “ruins da cabeça”, como diziam os avós no passado. Até os mais cultos caem nessa armadilha ideológica. Uma boa parte de artistas e universitários que o diga. A Direita prega a igualdade, mas, também, parece não olhar os pobres e miseráveis com a importância que se devia dar. Aliás, dar Bolsa Família e outras benesses aos menos assistidos, sejam de origem branca, preta ou outra qualquer, é uma solução política para “inglês ver”. Criou-se uma dependência relativamente confortável e sem contrapartida de se achar um emprego em seis meses, por exemplo. A ajuda pode ser para sempre, até a morte. Falar de Deus, Pátria e Família é, antes de tudo, ter piedade dos menos favorecidos, dos pobres e dos miseráveis, desde aqueles que trabalham sob sol e chuva àqueles que nem forças para trabalhar têm. A política, em geral, sempre foi imediatista e insensível, como meio de se alçar ao poder. Valem as “fórmulas mágicas” que enganam o eleitor, como a doação de tijolos para construir um “puxadinho” na casa ou a promessa de um emprego na prefeitura. O coração sofrido, a tristeza que corrói o pai e a mãe que não consegue criar dignamente os seus filhos, enfim, o ser humano e suas agonias, isso, geralmente, não atinge o político, esse prático do poder, quase teórico. A piedade, sobre o ponto de vista político, requer compromisso em resolver questões relativas ao sofrimento humano. Hoje se observa uma luta entre a Esquerda que está no poder e a Direita que levou a pior nas últimas eleições. Razões à parte, há uma superficialidade, um voo rasante na análise dos problemas que o povo tem no seu dia a dia. Povo humilde, principalmente. E é boa parte da população. Pode ser, e seria muito bom se for, que a avenida Paulista lotada de populares defensores da Direita consiga alertar o mundo sobre a situação atual do Brasil, pelas injustiças praticadas por parte do poder atual, principalmente contra os desafetos políticos. Porém, o importante é atingir aqui, no país, as pessoas. Um profeta cuidaria dos oprimidos, certamente. Um abraço pode pegar alguma doença ou sujar a roupa, mas Deus protege aos que praticam a fé e a caridade e as demonstram com um aconchego. Uma palavra de fé, um olhar caridoso atinge a alma, muito mais que o estômago. O Cristianismo chegou aos dias atuais porque praticou os ensinamentos cristãos. Tanto o poderoso vingativo quanto o que o povo aplaude poderiam dedicar mais do seu tempo para se unir aos pobres, aos miseráveis, aos sem casa, sem comida e sem dinheiro e tentar mudar essas vidas com o seu exemplo cristão, com o poder que possuem. O eleitorado que pode comprar suas coisas e tem emprego, certamente aplaudirá o candidato que pratica a caridade. O sistema comunista já “fabricou” os pobres e os miseráveis. Eles estão por aí, nas ruas, nas sarjetas, no subemprego, no lado escuro da vida. E, também, mesmo sendo terrível lembrar, os seus votos valem tanto quanto os votos dos figurões da Justiça. Cabe ao estadista se aproximar do povo com o próprio coração, como fez o Profeta. A união do povo se faz com as bençãos de Deus sobre quem se une aos pobres e miseráveis na fé e na piedade. Sim, praticar a PIEDADE para unir o povo brasileiro numa luta justa!
Elias Do Brasil
OPINIÃO: PIEDADE
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