Tome a minha vida, meu amor!
Tome-a e vá devolvendo-me aos poucos,
Para que eu viva sem dor!
E, ao vozerio dos impuros impulsos, eu seja um mouco.
Sobretudo, abrigue-a, pois sem ti, para nada me serve!
Meu carinho será o teu carinho, teus beijos todos os meus!
Meus desejos, oh, amor! A tua pura volúpia referve!
E o teu sono, do meu sono seja a paz de Deus!
Vivamos nosso amor terreno: terra, ar, água e fogo!
Como o mar, a areia acariciando; como a brisa o arvoredo!
Seus olhos, estrelas! Lua e o sol, o amor em eterno jogo!
A tristeza dilui na mata. Gnomos dancem em folguedo!
Quando as araras-azuis vierem para a nova era nos buscar,
Já estarei em ti e na eternidade do amor vamos morar!
Elias Do Brasil