O senador Marcos do Val (Podemos-ES) encaminhou à Superintendência da Polícia Federal uma denúncia de que um suposto grupo contrário a liberação das armas teria assumido, em uma mensagem eletrônica, a autoria da explosão no clube de tiros na capital amazonense. Em 15 de janeiro deste ano, uma explosão registrada estabelecimento na Ponta Negra, Zona Oeste da cidade, vitimou cinco pessoas, incluindo os proprietários do local.
O delegado Costa e Silva afirmou ao A CRÍTICA que as investigações da Polícia Civil, no entanto, ainda não foram concluídas pela ausência do laudo pericial que ficará pronto em até 15 dias. Dois dias após o incêndio, ele chegou afirmar que as suspeitas eram de que o caso teria sido motivado por um curto circuito no gerador de energia.
O assunto foi citado pelo deputado estadual Wilker Barreto (Republicanos) durante sessão plenária da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), nesta quarta-feira (1º). O parlamentar teve o nome incluído nas supostas mensagens do grupo que teriam sido encaminhadas por Do Val à PF.
“O que é mais grave. No e-mail que o senador enviou a polícia federal daqui, há um grupo extremista de esquerda assumindo o atentado no clube de tiros e o que me causou surpresa é dentro do e-mail a menção ao meu nome. Duas pessoas de bem. Sou praticante de tiros, mas contra a violência e agora com essa notícia me incluem ai. Toma que sema uma meia dúzia de inconsequentes, mas a gente não pode minimizar porque isso veio de um site nacional”, declarou Wilker.
Conforme reportagem do site UOL, Marcos do Val – que teria participado de uma suposta trama golpista para botar em suspeição a atuação do ministro do STF, Alexandre de Moraes, mas apresentou diferentes versões do caso – denuncia a PF ameaças que teria recebido: “vai ser muito perigoso ir em clubes de tiros e lojas de armas pois pode explodir igual Manaus”, diz um trecho do e-mail encaminhado ao parlamentar.
“Vamos atacar também os que defendem armas. E o próximo alvo nosso vai ser o deputado estadual do Amazonas Wilker Barreto que fez homenagem ao casal de donos do clube de tiro que matamos”, diz o e-mail descrito na reportagem do site.
No incêndio no clube de tiros, quatro pessoas morreram na hora: o dono do estabelecimento, Nardier Araújo, a esposa Ursula Rodrigues Macedo de Araújo e os funcionários identificados como Dangelo e Francisco. Maikson Alves Cristovan, 30, que teve mais 90% do corpo queimado morreu na manhã seguinte.
Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM) informou por meio do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC), que as investigações periciais, em razão da complexidade do caso, seguem em andamento dentro do prazo legal.
*A crítica