O influenciador digital potiguar Ivan Baron, de 24 anos, descobriu cerca de 40 minutos antes que seria uma das pessoas a entregar a faixa ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a posse neste domingo (1º).
Ivan, que atua desde 2018 nas redes sociais defendendo causas como a inclusão e combatendo o capacitismo – termo utilizado para descrever discriminação e abusos dos que consideram pessoas com deficiência inferiores às demais – disse que foi convidado pela primeira-dama Janja para a posse, mas não sabia exatamente qual seria a participação.
“O convite foi feito há uma semana. A nossa primeira-dama Janja me fez uma ligação bem especial, mas bem discreta. Ela foi bem direta, falou: ‘Ivan, e aí, topa subir a rampa com a gente?’. Mas não explicou detalhes”, disse Ivan Baron em entrevista ao g1.
“Até então eu pensava que era um desfile de representatividade, mas jamais passou na minha cabeça que seria transferir a faixa presidencial para o Lula. Até que uns 40 minutos antes de acontecer o ato, que a gente ficou sabendo. E foi uma grande emoção. Eu fiquei sem chão”.
Ivan, que é natural da cidade de Natal, era um dos nove representantes do povo brasileiro que subiram a rampa do Palácio do Planalto e participaram da entrega da faixa ao presidente Lula.
“Eu confesso que a ficha ainda não caiu. Estou lendo vários jornais, pessoas, personalidades me elogiando, mas a ficha não caiu. Mas eu não diria nunca que um nordestino estaria subindo a rampa num momento como esse e principalmente enquanto pessoa com deficiência, ja que nós não temos tanta visibilidade, não ocupamos espaço de protagonismo”, disse.
Ele aponta o destaque atingido durante a cerimônia e o quanto foi importante a presença de representantes que mostravam a diversidade do povo brasileiro.
“Nos últimos seis anos nossos direitos foram bastante negados, principalmente na comunidade de pessoas com deficiência. Então, ter uma pessoa com deficiência de mãos dadas com o presidente da República em um espaço de tamanha visibilidade, como foi ontem [domingo], que o mundo inteiro parou, foi de grande importância”.
*G1